Essa filosofia de ação inspira e cria um ambiente de trabalho saudável e produtivo, desenvolvendo as potencialidades do colaborador por meio de atividades desafiadoras
Autora: Priscila Lee
Criar um ambiente positivo para o desenvolvimento das pessoas, tanto profissional quanto mental, é um desafio. Os líderes de uma equipe podem influenciar positivamente no engajamento dos funcionários e na qualidade das interações no local de trabalho. E, num cenário como o do Brasil, em que três a cada 10 trabalhadores sofrem com Síndrome de Burnout, o papel da liderança ganha ainda mais relevância.
Há um constante debate entre empresas e profissionais no que se refere à qualidade da experiência de um colaborador dentro de sua jornada numa empresa. A matemática é simples: um funcionário feliz, bem compreendido e recompensado permanece na companhia por mais tempo, ajuda na construção de reputação da empresa e de suas marcas e, claro, gera melhores resultados. Segundo pesquisas, funcionários felizes são 31% mais produtivos, três vezes mais criativos e vendem 37% mais!
No entanto, ainda vemos empresas com falhas no modelo de liderança de suas equipes, o que impacta diretamente no “Employee Experience”. É o fator que tem o poder de transformar a percepção de que a empresa é uma “máquina de moer” em um lugar de realização pessoal e profissional.
Quando olho para dentro das empresas buscando diagnosticar as principais falhas, muitas vezes noto que falta às lideranças conhecer mais sobre as ferramentas que podem ser utilizadas para melhorar esta experiência, e uma delas é a chamada Liderança Engajadora.
A Liderança Engajadora é caracterizada, principalmente, pela inspiração, conexão e fortalecimento. É ir muito além das palavras de estímulo e tapinhas nas costas , é fomentar um terreno fértil para o florescimento profissional e pessoal dos colaboradores.
A Liderança Engajadora busca criar um ambiente de trabalho saudável e produtivo, desenvolvendo as potencialidades do colaborador por meio de atividades desafiadoras, incentivando o trabalho em equipe e estimulando o empoderamento e a autonomia. Estas ações promovem maior segurança psicológica preservando a saúde mental e produtividade das pessoas.
É bom lembrar que este é um modelo que inclui a atenção individualizada. É olhar para as necessidades e características de cada nome e sobrenome por trás de uma tarefa e, ao mesmo tempo, para a interação do grupo.
No final, o investimento de tempo e recursos na atenção do desenvolvimento do “ser” por trás do crachá não é apenas uma despesa corporativa. É um movimento de investimento no capital humano, refletindo diretamente na satisfação no trabalho. Para tanto, é necessário que alguns pontos-chaves sejam fomentados, como comunicação transparente, feedback regular e construtivo, e estímulo a atividades desafiadoras que desenvolvam as potencialidades de cada indivíduo, além de um cuidado genuíno com o bem-estar e limites dos funcionários.
A Liderança Engajadora emerge como a bússola que orienta a construção de uma cultura organizacional robusta e atenta às pessoas. É mais do que um conjunto de práticas; é uma filosofia que reconhece que, no coração de qualquer organização de sucesso, estão os indivíduos motivados, cuidados e valorizados.
Priscila Lee é mentora de processos de autoconhecimento bem-estar e autorrealização.