Loja física com tecnologia é preferência de 40% dos brasileiros

Segundo estudo da Adyen, para os consumidores, a tecnologia influencia as decisões de compra, deixando-as mais ágeis e divertidas

A digitalização do comércio impulsionou o varejo on-line, mas 40% dos consumidores no Brasil ainda preferem comprar nas lojas físicas. Isso porque esse canal se tornou um ambiente de experiência, principalmente devido ao uso de tecnologia. É o que aponta o “Relatório Varejo 2024”, da Adyen, empresa especializada em tecnologia de pagamentos, mostrando também que, entre os brasileiros que já utilizaram algum tipo de tecnologia nas lojas físicas, como aplicativos, totens de pagamento, realidade virtual, entre outras, 39% apontaram que as compras se tornaram mais ágeis e 25% disseram que ficaram mais divertidas. Para 27% deles, a tecnologia influenciou suas decisões de compra e outros 25% disseram que visitariam as lojas com mais frequência para utilizar essas inovações.

Apesar disso, mais de um terço (35%) dos consumidores destaca que, mesmo gostando do uso de tecnologia, a interação com pessoas ainda é fundamental. “A tecnologia alavanca e enriquece a experiência em loja, com melhor utilização dos espaços. Transformar as lojas em showrooms ou em centros de distribuição com integração de estoques são algumas das possibilidades. Além disso, a tecnologia adiciona valor e eficiência, sem necessariamente substituir as interações interpessoais, gerando mais flexibilidade para o varejista personalizar o atendimento ao consumidor”, explicou Renato Migliacci, vice-presidente de vendas da Adyen Brasil.

Ainda segundo o relatório, 30% das empresas do Brasil planejam buscar aumento de receita por meio de tecnologias para melhorar a experiência de compra, como novas formas de pagamento, melhor visualização e integração de estoque, entre outras. Ações essas que estão alinhadas aos interesses dos consumidores, pois 57% deles concordam que gastariam mais em lojas físicas se a marca tornasse a experiência mais interessante e 59% disseram que deixariam de comprar se não puderem pagar como desejam.

Integração impulsiona fidelização

Os dados mostram ainda que os consumidores brasileiros seriam mais leais a varejistas que oferecem jornadas mais flexíveis, como comprar na loja e realizar o checkout on-line (56%), ou comprar online e devolver o produto na loja (63%).  Entretanto, um quarto das empresas brasileiras (25%) ainda trata os canais de venda on-line e físico como entidades separadas, e apenas 40% permitem que os clientes concluam transações facilmente em canais online e offline, com a possibilidade do cliente comprar na loja e receber o produto em sua casa, por exemplo.

“Grande parte do desafio de atender às expectativas dos consumidores passa pela integração de sistemas e infraestrutura para permitir que os canais de venda e pontos de contato se integrem fluidamente da forma que o cliente preferir. Essa ainda não é a realidade da maior parte dos varejistas. Portanto, trata-se de uma oportunidade para se tornarem mais competitivos a partir de tecnologias eficientes”, comentou Renato..

Entre as estratégias já empregadas pelos varejistas para melhorar a experiência de compra, 30% utilizam maquininhas móveis de pagamento para evitar filas, outros 19% dizem que os clientes podem devolver facilmente em lojas físicas os itens comprados online, enquanto 15% permitem que os compradores na loja façam o autoatendimento por meio de totens, aplicativos, etc.

Metodologia

O “Relatório Varejo 2024” foi realizado pela Adyen em parceria com o Centro de Pesquisa Econômicas e de Negócios (Cebr) e contou com a participação de 38 mil consumidores e 13 mil varejistas em 26 países, sendo 2 mil consumidores e 500 empresas apenas no Brasil.

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