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Leonardo Sertã, head de desenvolvimento de mercados do PayPal para a América Latina

Mais de 60% dos e-commerces brasileiros faturam até R$ 1 milhão ao ano

Estudo da BigDataCorp  em parceria com ao PayPal revela que quase metade das lojas on-line teve um faturamento de até R$ 250 mil no último ano

Mesmo após a retomada das compras no varejo físico, o setor de e-commerce no Brasil segue em expansão. Em 2022, a quantidade total de lojas virtuais no Brasil registrou um novo recorde, chegando a 1,6 milhão, aumento de 6,19% em comparação ao ano anterior. Os dados fazem parte da oitava edição da pesquisa “Perfil do E-Commerce Brasileiro”, realizada pela BigDataCorp, em parceria com o PayPal, registrando uma queda na participação de lojas com faturamento anual de até R$ 250 mil, um recuo de 53% em 2021 para 48% este ano. No entanto, negócios que vendem até R$ 1 milhão anualmente ainda correspondem a 65% do total.

De acordo com Leonardo Sertã, head de desenvolvimento de mercado do PayPal Latam, vender on-line é considerada atualmente a forma mais fácil de começar e desenvolver um negócio. “Durante os últimos anos, vimos um crescimento exponencial dos negócios digitais graças à democratização de tecnologias que reduziram as barreiras financeiras e de conhecimento para iniciar um e-commerce. As pessoas se sentiram mais motivadas a tirar o sonho de empreender do papel. O consumidor, por sua vez, também tomou gosto pela compra online e manteve hábitos adquiridos ou aumentados durante a pandemia”.

A pesquisa aponta que grande parte dos negócios (44%) não possui empregados formais. No entanto, houve um crescimento de 2021 para 2022 na parcela de empresas que tem acima de dois colaboradores contratados, que hoje totaliza 21%. O estudo “Perfil do E-Commerce Brasileiro” indica também uma diversificação de canais de venda:  a proporção de e-commerce que possuem loja física é a maior desde a primeira edição da pesquisa, em 2015, representando 19% do total. Os marketplaces também estão ganhando mais atenção: o número de e-commerces presentes em pelo menos um marketplace aumentou 11% em quatro anos.

“Hoje podemos notar que a jornada do consumidor começa muitas vezes nas redes sociais ou em sites de busca, de olho nas melhores ofertas, e a compra é concretizada em lojas físicas, ou até mesmo por meio de aplicativos de mensagens. Isso mostra que um dos desafios do empreendedor é ter uma estratégia multicanal para capturar este potencial comprador e oferecer uma experiência de pagamento fácil, rápida e segura”, complementou Sertã.

A sondagem aponta que, nas lojas on-line, são ofertados, principalmente, produtos e serviços com preço menor do que R$ 100 (67%). Já itens com valores acima de R$ 1 mil tiveram um crescimento expressivo de 2021 a 2022 (12% vs. 20%). Uma grande parcela dos e-commerces, 67%, possui uma variedade de até 10 produtos à disposição do consumidor. No entanto, a faixa que aponta para mais de uma centena de produtos dobrou em pontos percentuais de 2021 para 2022 (10,62% para 20,76%).

Perfil do empreendedor

O estudo constatou que 67% dos e-commerces são familiares e que a maioria dos empreendedores são homens (62%). Quanto à faixa etária, 86% possuem mais de 36 anos; 25% têm entre 36 e 45 anos; 23% entre 46 a 55 anos; 21% de 56 a 65 anos, e 16% com mais de 66 anos. Os menores índices foram encontrados nas faixas de 26 a 35 anos, com 12%, e de 18 a 25 anos, com apenas 2%.

A preocupação com segurança contra fraudes tem aumentado para os empreendedores: 89% utilizam SSL (Secure Sockets Layer), camada de segurança que criptografa os dados transacionados entre consumidor e loja online. Houve grande aumento na adesão da ferramenta desde 2016 (20% vs 89% em 2022).

Os lojistas também têm investido mais no uso de tecnologia para aprimorar a experiência do cliente: mais da metade dos lojistas conta com o uso das ferramentas de dados Analytics e 62% aceitam carteiras digitais como pagamento. No levantamento, surgem, ainda, as evidências de que os e-commerces representam apenas 7,79% em relação aos demais tipos de websites no Brasil;  cerca de 72% das lojas on-line contam com mídias sociais, sendo que Facebook é, desde o início da pesquisa, a rede mais utilizada. Destaque para o Instagram que vem ganhando espaço, saindo de 9%, em 2016, para 24% em 2022; houve leve redução no número de plataformas fechadas¹ (64%), seguido de sem plataforma (20%) e de plataformas abertas² (14%);   e as plataformas responsivas, ou seja, sites que são preparados para serem acessados em qualquer tela, seguem crescendo, mas em menor velocidade já que grande parte das lojas já estão adaptadas 86%.

Metodologia

A série Perfil do E-Commerce Brasileiro usa o processo automatizado da BigDataCorp, que coleta dados e inspeciona mais de 1.5 bilhões de sites de todo o mundo continuamente. A análise é feita com base na captura de todo o conteúdo HTML das páginas identificadas como e-commerce e realiza o mapeamento das informações para o estudo. Os dados apresentados foram colhidos na primeira quinzena de setembro de 2022 e a captura dos informações demográficas indicadas na pesquisa foi feita com base no cruzamento de dados disponibilizados pela lei de acesso à informação e os CNPJs dos e-commerces.

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