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Menos risco, mais lucro

Autor: Paulo Rezende
Poucos setores da economia mundial trabalham com tantas informações pessoais quanto o das viagens. Fornecedores de toda a indústria gerenciam bilhões de dados de passageiros, o que é um risco e uma oportunidade ao mesmo tempo. E uma nova tecnologia está chegando para dirimir os riscos e aumentar o potencial de lucro no setor: o blockchain.
Os cientistas de dados sabem que a qualidade e a segurança das informações são temas sensíveis e que podem levar à ruína ou ao lucro de uma empresa. O blockchain ataca justamente as fraudes. Essa nova tecnologia pressupõe que uma informação adicionada a um banco de dados só possa entrar se for chancelada por todos os players envolvidos. Ou seja: exige-se consenso e, uma vez inserida na base de dados, a informação não pode jamais ser retirada. O registro, “purificado” pela chancela de 100% dos avalistas, ficará ali para sempre.
E qual é a mudança que isso pode causar na indústria? A informação de um passageiro é única. Se ela estiver validada em uma base de dados confiável e centralizada, pode abreviar ou até mesmo retirar a necessidade de tantas identificações durante uma viagem. Será uma nova experiência nos momentos da reserva, embarque, check-in etc.
Para as agências, um dos principais pilares de modificação que o blockchain trará será nos pagamentos de viagens, principalmente as internacionais. Em um setor tão sensível a fraudes e com grande complexidade para o estabelecimento do fluxo de recursos – especialmente quando há vários países envolvidos -, a agilidade e a transparência das formas de pagamento serão importantes facilitadores que ajudarão a reduzir custos e aumentar as vendas.
Para a nossa indústria, o desafio dessas novas tecnologias é amplificá-las para que elas estejam disponíveis para a maior quantidade de profissionais, não ficando restritas apenas àquelas empresas com forte poderio econômico. É fundamental que as companhias trabalhem em conjunto para que o blockchain seja uma tecnologia democratizada, utilizável por agências pequenas a grandes OTAs.
Paulo Rezende é country manager da Amadeus Brasil.

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