Pesquisa da Worldpay from FIS aponta o total de transações no mundo e o nível de crescimento no Brasil
O mercado global de comércio eletrônico deverá crescer mais de 55,3% até 2025 e atingir mais de US$ 8 trilhões em valor de transação, de acordo com o novo relatório The Global Payments Report 2022, divulgado pela especialista em tecnologia financeira FIS. No mercado de e-commerce brasileiro, o estudo indica que o aumento deverá ser de 95% no mesmo período, chegando a US$ 79 bilhões.
O The Global Payments Report 2022, da Worldpay from FIS, examina as tendências atuais e futuras de pagamentos em 41 países, e em cinco regiões. Em relação a 2021, o estudo constatou que a mudança para o on-line continuou com 13,9% de crescimento no comércio eletrônico global, enquanto o crescimento de 13,4% no valor da transação no ponto de venda (PDV) reflete a constante recuperação dos impactos da pandemia da Covid-19.
Além disso, projeta-se que o Buy Now, Pay Later (BNPL), ou o modelo de carnê para o comércio eletrônico, será o método de pagamento que mais cresce no mundo online e também lojas físicas entre 2021 e 2025, com as preferências de pagamento dos consumidores migrando para o digital. A estimativa é que haja expansão deste modelo de pagamento na Argentina, Bélgica, Brasil, Canadá, Chile, França, Hong Kong, Índia, Nova Zelândia, Singapura, Reino Unido e EUA.
O uso de métodos tradicionais de pagamento, tais como cartões e dinheiro em espécie, continuam a perder participação e, em conjunto, estão projetados para representar menos de um terço do valor global das transações de comércio eletrônico em 2025.
Cenário brasileiro
No Brasil, maior economia da América Latina, o e-commerce continua a crescer fortemente, com 16% de aumento em 2021, quando comparado ao ano anterior. Os consumidores brasileiros utilizam principalmente cartões de crédito como principal forma de pagamento, o que representou 44,7% do valor das transações do comércio eletrônico em 2021. As transferências bancárias, cartões de débito, carteiras digitais e boleto bancário renderam, cada uma, mais de 10% dos gastos com comércio eletrônico. O dinheiro em espécie, que representava a maioria dos pagamentos nos PDVs até 2018, caiu abaixo de um terço do valor dos pagamentos nos PDVs em 2021 e a previsão é que o método caia abaixo de 25% até 2024.
O Pix, que tem pouco mais de um ano desde sua implementação no Brasil, já se mostra consolidado como meio de pagamento instantâneo, em tempo real. Esse tipo de transação, que hoje já tem mais de 110 milhões de usuários no Brasil, facilita um grande volume de pagamentos de pessoa para pessoa e um número cada vez maior de pagamentos dos consumidores para os comerciantes com base em transferência bancária. A previsão é de que essas transferências subam significativamente no Brasil, de 10,9% para quase 18% em 2025.
“Mesmo com mais clientes retornando às lojas físicas, não há volta com relação às inovações que temos visto nos meios de pagamento e comércio eletrônico”, afirma Juan Pablo D´Antiochia, vice-presidente Senior da Worldpay from FIS para a América Latina. Segundo ele, os consumidores estão buscando por métodos mais tecnológicos e melhores opções de pagamento no comércio eletrônico. “As implicações deste novo cenário são significativas para os comerciantes, que agora precisam inovar e fazer parcerias com fornecedores de tecnologia para ajudá-los a acompanhar a velocidade das mudanças”.