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Sabrina Balhes, líder de measurement da Nielsen Brasil

Nielsen mapeia os hábitos de consumo e percepção das marcas da comunidade negra

Estudo confirma a relevância que vem ganhando a inclusão e o potencial de consumo da população preta nos mercados brasileiros

Um terço do total do público preto ou pardo utiliza, em média, smartphones por mais de 20 horas por semana. Além disso, 67% desses consumidores têm realizado compras on-line nas últimas quatro semanas. Esses são alguns dos dados revelados na pesquisa “Afroconsumo — O protagonismo preto no consumo brasileiro”, realizada pela Nielsen, empresa global em insights de audiência, dados e análises, desenvolvida no Brasil, junto com o seu grupo de diversidade organizacional, o Sable – Sustainable Active Black Leadership & Empowerment, com o objetivo de mostrar como a comunidade tem movimentado a economia do país por meio de seus hábitos de consumo. Realizado entre os dias 10 e 14 de outubro deste ano com uso de questionário on-line para 1000 pessoas de todo o país, sendo 56% dos entrevistados pretos ou pardos, o estudo analisou comportamentos e hábitos de consumo.

Por exemplo, no âmbito do uso e tecnologia para o entretenimento, o levantamento da Nielsen registrou que, entre as plataformas de streaming, 88% da comunidade tem acesso à Netflix. Na sequência aparecem Amazon Prime (55%), HBO Max (43%), Disney+ (36%) e Paramount (16%). Com isso, a população preta afirma que séries e filmes são considerados os conteúdos com mais presença de temas raciais. Entre conteúdos produzidos por influenciadores, as preferências são músicas (56%), séries (48%) e filmes (45%).

“Nos últimos anos, o potencial de consumo da população preta vem ganhando relevância. Com isso, o mercado como um todo, independente de produtos específicos ou não, pode enxergar um potencial de expansão nesta frente. Conectar os clientes às audiências, alimentando a indústria de mídia com soluções inteligentes que auxiliem na compreensão do que as pessoas precisam, assistem e ouvem. Com essa proposta, temos a missão de fornecer uma visão mais completa do comportamento da comunidade em diversas frentes”, analisou Sabrina Balhes, líder de measurement da Nielsen Brasil.

Hábitos e planos de consumo

O estudo aponta que os produtos mais comprados pelo público preto são dos segmentos de higiene, moda e beleza. O ramo de beleza concentra o maior percentual de produtos direcionados, com 62% da preferência dos respondentes. Mesmo com a identificação com determinados produtos, 1 a cada 4 respondentes da população preta/parda acredita ser razoavelmente difícil encontrar itens para pessoas da comunidade. 

Para as duas principais datas de consumo do segundo semestre, 62% da comunidade planejam comprar eletrodomésticos na Black Friday, enquanto 47% consideram comprar fragrâncias e perfumes no Natal. Quando o assunto é a relação com as marcas, dois terços da comunidade se sentem próxima ou muito próxima das ações que as elas fazem voltadas para o público negro.

Aumento da inclusão

A percepção de representatividade da audiência preto registrada no estudo Nielsen mostra que o país trilha para um caminho mais inclusivo. Mais de 75% dos entrevistados consideram que seu ambiente de trabalho é um local inclusivo. No meio digital, a tendência de crescimento segue, pois 54% da comunidade considera haver uma alta representatividade de pessoas pretas nos conteúdos que estão consumindo. Em contrapartida, 88% afirmam se lembrar de pessoas brancas nos últimos anúncios lembrados pelo consumidor, índice que fica em 72% para a população preta.

Mercado de trabalho e educação

No cenário educacional, a pesquisa identificou que 6% dos respondentes disseram que estudam ao serem questionados sobre qual é sua principal atividade durante o dia. A pesquisa sinaliza que 7 em cada 10 pessoas da comunidade preta/parda estão atualmente empregadas e 48% recebem entre 2 e 4 salários-mínimos. Este público vê mais pessoas pretas ocupando cargos operacionais em seu ambiente de trabalho, com cerca de 65% tendo se lembrado de ver colegas pretos em cargos como auxiliar, assistente e analista.

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