Fernando Gambôa, sócio-líder de Consumo e Varejo da KPMG no Brasil e na América do Sul

Nova realidade pede novas estratégia

O mercado de consumo está em plena transformação. Os consumidores estão mais informados, conectados, exigentes, engajados e conscientes dos seus papéis na cadeia de valor do setor. Há um aumento crescente do comércio eletrônico e do uso da tecnologia para a sobrevivência e o desenvolvimento das empresas, que se tornou ainda mais relevante diante dos reflexos da Covid-19. Essas são algumas das conclusões da pesquisa “As principais tendências que afetarão o setor de varejo e a indústria de CPG nos próximos anos na América do Sul”, produzida pela KPMG.

“Em linhas gerais, o consumidor foi empoderado, abandonou seu papel passivo e se tornou o epicentro em torno do qual o setor evolui e as empresas definem suas estratégias. Nessa realidade, há várias arestas que as empresas precisam aparar para terem sucesso. As soluções podem estar no fomento a novas experiências, na geração de lealdade e em um posicionamento mais favorável na mente das pessoas”, afirma Fernando Gambôa, sócio-líder de Consumo e Varejo da KPMG na América do Sul.

O conteúdo também revelou que, diante de todo esse processo de transformação, e já considerando os efeitos relacionados à Covid-19, são oito as tendências mais importantes para o setor de consumo e varejo na América do Sul para 2020 e os próximos anos, os quais também afetam os bens de consumo embalados (CPG). Estas tendências derivam também das conclusões do NRF Retail´s Big Show 2020, evento que ocorreu na cidade de Nova York, nos Estados Unidos, e de outras pesquisas da KPMG.

As tendências identificadas foram:

1- Pessoas no centro
2- A experiência e a lealdade do cliente
3- A confiança como motor do crescimento
4- Rumo a um modelo eficiente e ético no uso dos dados pessoais
5- As novas plataformas e modelos de negócios
6- Cooperação e colaboração
7- Cadeia de suprimentos inteligente e responsiva
8- A tecnologia como base para o desenvolvimento

“Os casos de sucesso já revelam que, no futuro, não haverá varejo sem tecnologia. O setor todo estará muito mais digitalizado e a mudança nos hábitos de consumo e seus impactos no fluxo de compras está mudando significativamente a definição de consumidor. Essa nova realidade exige que as empresas implementem definitivamente novas estratégias de negócios”, afirma Paulo Ferezin, sócio-líder de Varejo e de Alimentos e Bebidas da KPMG no Brasil.

A pesquisa evidenciou ainda que, embora alguns países se esforcem para se manterem na fronteira do desenvolvimento e compartilhem algumas das conquistas do setor em mercados mais desenvolvidos, a América do Sul está, em geral, atrasada. Os níveis mais baixos de renda e consumo per capita afetam o valor e a quantidade de produtos distribuídos e significam níveis mais baixos de investimentos. Contudo, as empresas da região estão gerando iniciativas para se manterem atualizadas, principalmente em função dos efeitos da pandemia.

De acordo com a pesquisa, a Covid-19 tem sido ainda uma grande impulsionadora para a adoção e utilização de novas tecnologias, fazendo com que empresas concentrem recursos e esforços na utilização de análises preditivas para entenderem melhor hábitos e tendências, se anteciparem em ofertas e promoções, e otimizarem a cadeia de suprimentos com o objetivo de oferecerem experiências cada vez mais diferenciadas.

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