O momento do e-commerce

O comércio eletrônico experimentou crescimento vertiginoso, especialmente nos últimos quatro anos, quando saltou de um patamar de R$ 8,2 bilhões em receitas, no exercício de 2008, para nada menos que R$ 28 bilhões, apurados no ano passado, segundo o Mapa Estratégico do Comércio, apresentado pela a Federação do Comércio do Rio de Janeiro, Fecomércio RJ. O relatório, executado em parceria com a FGV, traz um diagnóstico minucioso sobre o desempenho do comércio nos últimos 10 anos, apontando as diretrizes e ações para o seu aperfeiçoamento no período 2014-2020.
Na avaliação do relatório, no entanto, este crescimento expressivo é apenas um dos indícios do forte potencial do comércio on-line nos próximos anos, à medida que novas parcelas da população tenham acesso à Internet e que o próprio setor de varejo intensifique os seus processos de adoção da tecnologia.
O Mapa Estratégico assinala que embora tenha crescido em 115% a penetração da Internet no País, na comparação com 2003, o índice das pessoas com acesso ainda representa apenas 56% da população. Com isto, pontua o documento, pode-se esperar uma participação ainda maior das vendas online nas receitas totais do comércio que, em 2011, atingiram o patamar de R$ 2,5 trilhões, incluindo-se os negócios eletrônicos e os realizados nas lojas.
De acordo com Orlando Diniz, presidente da Fecomércio RJ, além de dominar cada vez mais a Internet como canal de oferta dos estoques e de contato direto com o cliente, o varejo nacional está avançando no uso de várias tecnologias, como o atendimento ao cliente com o apoio de terminais móveis, ligados ao estoque ou a caixa, e a aceitação de pagamentos por meio de celulares. “O Comércio brasileiro está empregando cada vez mais a gestão automatizada, através de tecnologias voltadas para o conhecimento do cliente e para o cruzamento de dados de consumo em suas estratégias de negócio”, prossegue Orlando Diniz.
Entre os nichos comerciais com presença marcante na Internet, o segmento de eletrodomésticos desponta como o campeão em desempenho, respondendo por 15% das vendas online no varejo. Em seguida aparecem as áreas de informática (12%) e de Eletrônicos (8%). As vendas de Saúde & Beleza e Moda & Acessórios respondem, cada uma, por 7% dos negócios, enquanto outros 51% se distribuem por demais segmentos, como bebidas, construção, papelaria, livros etc.

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