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Laís Fonseca, CEO e cofundadora da QBem

O potencial de evolução na jornada do paciente com dados qualificados

CEO da QBem detalha os avanços da inteligência de informação na saúde com plataformas capazes de oferecer escala e humanização ao mesmo tempo

Em uma cultura mais tradicional de atendimento aos pacientes e gestão da saúde, os avanços sempre ocorreram com uma propensão técnica e cada vez mais especializados em termos médicos. Entretanto, no nível dos negócios, a atividade sempre esbarrou em um entrave quase intransponível antes da transformação digital, que era o de como escalar de forma sustentável, personalizando e humanizando a experiência do paciente. Agora, graças à tecnologia, a inteligência de dados já permite que, a partir de data lakes (repositório de dados), se trabalhe de forma a alimentar a tomada de decisões dos players do setor, alcançando a conciliação do crescimento com jornadas de sucesso. É nesse cenário de transformação que nasceu a  QBem, tech health que, oferecendo contratos de SaaS – Software as a Service com incrementos de consultoria e analytics, cria plataformas para avançar do nível de cultura digital de corretoras, clínicas e hospitais, em favor dos pacientes. Detalhando de que forma a atuação da startup tem cooperado para esse quadro de mudanças, Laís Fonseca, CEO e cofundadora da QBem, foi a convidada, hoje (23), da 631ª edição da Série Lives – Entrevista ClienteSA.

Mineira interiorana que adquiriu experiência empreendedora internacional, Laís começou o bate-papo contando um pouco de suas iniciativas, começando 10 anos atrás, quando deu vida a um marketplace modelo B2C – ainda em um sistema de lojas físicas – dentro do segmento da saúde. Lidando com poucos clientes e sem imaginar que chegaria aos 150 mil pacientes que seus negócios alcançam hoje, percebeu logo de cara  que a principal preocupação dos mesmos sempre foi a busca por orientação e que decisões tomar. Foi a partir daí que obteve boa parte dos insights para a criação, mais tarde, da QBem. Isso já com os conhecimentos adquiridos nos seus estudos no exterior, em Harvard e no MIT, nos Estados Unidos, onde, inclusive, criou sua primeira startup, a Precavida, e para onde retorna sempre como palestrante convidada para falar do uso de dados qualificados na saúde.

Para ela, a criação de uma jornada mais completa no setor, tendo como ponto crucial a conexão para experiências escaláveis, só é possível com o uso de inteligência de dados, aproveitando os chamados data lakes, tornando o setor de saúde mais humanizado, eficiente e personalizado.  Foi assim que ela migrou para a B2B, atuando no core dos grandes players do segmento, na infraestrutura tecnológica que viabiliza os resultados mencionados. De acordo com a executiva, à medida que o sistema cria a interconexão ou dicionário de dados, seus clientes – prestadoras de serviço em saúde, clínicas, corretoras, etc. – desenvolvem suas próprias experiências assentadas na base de informações criadas pela QBem.

Indagada de que forma essa ideia da tech health teve sua gênese em seus tempos de aluna no MIT, Laís explicou que ali existe um ecossistema de inovação onde propôs o desenvolvimento do projeto, com times locais e no Brasil, estratégia que mantém até hoje. “E, mesmo com uma respeitável base de clientes, nos consideramos ainda na fase de criar cases, pois toda transformação na área da saúde é algo que demanda o longo prazo.” Nessa linha, ela ponderou que um dos motivos se deve ao fato de que o índice de maturidade digital alcançar, ainda, apenas de 40% a 50% das organizações do setor. “A jornada de transformação está tão incipiente que as empresas não conseguem saber qual será o nível da entrega final dos serviços depois de uma mudança qualquer de estrutura funcional ou de experiência.” Ou seja, as empresas ainda irão aprender muito como escalar de forma sustentável, com o uso da tecnologia, conforme exemplos que já podem ser vistos nos países mais adiantados.

A executiva acumula também a função de diretora de inovação da Quiver, grupo que atua há mais de 30 anos no mercado, atendendo hoje acima de 150 corretoras no Brasil e no exterior, chegando a quase cinco milhões de vidas, e ao qual a QBem fez parceria em 2022. Isso tem ajudado na gestão dos prestadores de serviços, embora tenha destacado que, o foco, a partir deste ano, vai ser impulsionar a gestão de experiências baseadas em dados qualificados mais dentro o atendimento direto à saúde, que são os hospitais. “Isso ampliará nossas metas, continuando nos sistemas de intermediação dos serviços de saúde, mas atuando de maneira completa, na jornada do início ao fim dos pacientes na parceria com nossos clientes que abrangem todas essas fases.”

Depois de explicar um pouco o modelo de negócio da QBem, desde a entrada dos dados dos clientes no sistema até o tratamento e análise que ajuda os contratantes em suas tomadas de decisões, a CEO  detalhou o uso de SaaS – Software as a Service, que agora vai avançando para incrementos pelo analytcs. O objetivo final, salientou ela, é a criação de uma plataforma única e personalizada, incluindo conteúdo, consultoria e outros aspectos que permitam ao contratante essa análise e expansão dos negócios. Além disso, a QBem oferece também seu hub de integrações, no qual conecta vários sistemas do hospital utilizando um data lake formatado especificamente para a saúde. Por meio dele se consegue extrair inteligência para pesquisas clínicas, dashboard de gestão e tudo o mais que o nível de cultura digital do cliente permitir. Ainda houve tempo para Laís desenhar sua forma de vislumbrar um futuro em que a expansão do digital dentro dos ecossistemas de saúde possibilitará ampliar a base com clientes de todos os tamanhos, além de pontuar a ajuda aos RHs no gerenciamento da saúde dos colaboradores e as potencialidades da tecnologia dentro desse segmento sensível da sociedade.

O vídeo, na íntegra, está disponível em nosso canal no Youtube, o ClienteSA Play, junto com as outras 630 lives realizadas desde março de 2020. Aproveite para também se inscrever. A Série Lives – Entrevista ClienteSA prosseguirá amanhã (24), trazendo Sílvia Rodrigues de Araújo, gerente de marketing da General Mills, que analisará revisão estratégica a partir da percepção do cliente da marca Yoki; na quinta, será a vez de  Alexandre Munhoz, COO do will bank, que abordará a questão da CX com olhar de inclusão financeira e digital; e, encerrando a semana, o Sextou debaterá o tema “CX Global: Quais são as grandes tendências para 2023?”, com os convidados João Pedro Sant’Anna, CEO da SellersFlow, Ladislau Batalha, CEO do LAB Experience, Fernando Bolivar, CX Technologies Manager da Unilever para América Latina, e Ana Paula Kagueyama, head of global customer solutions da PayPal.

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