VP da Kaspersky fala das providências a serem tomadas para se ter mais segurança digital
Relatório recentemente divulgado pela Kaspersky prevê um grande aumento da ciberespionagem, do hacktivismo e exploração de ameaças de código aberto neste ano, com tendência de piorar ainda mais ao longo do tempo, pondo em risco as atividades digitais das empresas e a experiência dos clientes. Participando, hoje (06), da 1026ª. edição da Série Lives – Entrevista ClienteSA, Claudio Martinelli, vice-presidente da Kaspersky para a América Latina, chamou atenção, então, para a chegada da Black Friday, quando brotam promoções falsas com links maliciosos conduzindo a sites fraudulentos e os cuidados que tanto consumidores quanto varejistas on-line devem tomar.
Lembrando, de início, ser o tema de cibersegurança relativamente novo no mundo, surgindo de algumas décadas para cá, Claudio destacou que ele deu um salto após a pandemia, ganhando importância significativa. Segundo ele, aquela crise obrigou as empresas a caminharem pelo universo do on-line num processo muito rápido de transformação, não acompanhada pelo surgimento de profissionais capacitados a lidar com a segurança digital na mesma proporção. “No mundo inteiro, os meios acadêmicos não formam talentos suficientes na área para suprir a necessidade desses profissionais nas empresas. Estimamos uma carência de 4,5 milhões de engenheiros de segurança, globalmente, pois o digital tem ajudado muito as organizações em vários aspectos, mas expõe seus dados e informações sob risco de ataques”.
Falando da Karpesky, ele disse que que a empresa especializada em segurança digital, fundada em 1997, já está presente com escritórios em 39 países e 5 mil colaboradores espalhados por 102 nações, operando tanto no B2C para usuários domésticos com no B2B com pequenas, médias e grandes empresas, além de atender também às instituições governamentais. “Aqui na América Latina atendemos cerca de 25 ml clientes corporativos e mais de 11 milhões de pessoas físicas, que usam nossas tecnologias para proteger seus computadores e dispositivos móveis. Colaboramos também bastante com os organismos internacionais no combate ao crime digital, tendo como missão tornar o mundo um lugar mais seguro, mas onde, hoje, conta com verdadeiras gangs cibernéticas muito bem organizadas e estruturadas em busca de vantagens eminentemente financeiras”.
Embora não seja possível garantir total proteção nesse mundo digital, Martinelli afirmou que se pode chegar muito próximo dos 100% combinando-se três pilares fundamentais para construir uma proteção digital. “O primeiro deles é a educação, o conhecimento para saber onde investir para se proteger, seguido pela obtenção e informação privilegiada para saber qual a ameaça que pode lhe atacar. Ou seja, uma consciência sobre as tendências das práticas criminosas, pois a proteção só tem valor para o futuro. E em terceiro lugar, dentro desse quadro, conseguir uma boa solução, que seja tão eficaz quanto sua capacidade de utilizá-la e gerenciar o processo”.
Aproveitando a chegada da Black Friday, com os consumidores comprando muito pelo on-line, ele recomendou muita atenção principalmente em relação a campanhas de promoções falsas (esmola demais…) conduzindo o interessado a sites falsos, links maliciosos, ofertas que chegam por SMS, por WhatsApp, etc. Pelo lado das empresas, a atenção deve se voltar para as ferramentas de reconhecimento, autenticação, orientação aos consumidores para trocarem as senhas com frequência e mais uma série de providências antes que chegue data. “O criminoso digital se aproveita de uma coisa existente no ser humano de todos os países: a curiosidade. Ou seja, todos os temas muito relevantes e de impacto geram oportunidade para a criação de links chamativos encaminhando para as armadilhas. O que o criminoso quer é o seu clique”.
E houve tempo ainda para o VP falar sobre o relatório da empresa que está prevendo um grande aumento da ciberespionagem, do hacktivismo e exploração de ameaças de código aberto neste ano, com tendência de piorar ainda mais ao longo do tempo. O que vai demandar apoio das empresas especializadas para ajudar as organizações, pela falta de profissionais capacitados em número suficiente citada anteriormente. Pôde falar, ainda, sobre a necessidade de atualização, permanente nas soluções de proteção digital, os aspectos positivos e negativos do uso de IA, a necessidade do uso de soluções integradas que entre si, entre muitos outros assuntos. O vídeo, na íntegra, está disponível em nosso canal do Youtube, o ClienteSA Play, junto com as outras 1025 lives realizadas desde março de 2020, em um acervo que já passa de 3 mil vídeos sobre cultura cliente. Aproveite para também se inscrever. A Série Lives – Entrevista ClienteSA prosseguirá amanhã (07), com a presença de Pedro Baron, superintendente de logística da Cielo, que abordará a aposta na logística como diferencial de experiência; e, encerrando a semana, o Sextou debaterá o tema “Black friday: Qual o valor da experiência?”, reunindo Viviane Sales, vice-presidente de vendas da Loggi e Ricardo Marson, superintendente de produtos da Getnet Brasil.