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Carlos Alves

Os setores que mais se destacaram nas últimas edições da Black Friday 

Segundo o Índice Cielo do Varejo Ampliado, drogarias, cosméticos e turismo foram os mais procurados no varejo brasileiro, na data, entre os anos de 2020 e 2022

Se, em 2019, o fim de semana da Black Friday foi 1,6 vezes mais representativo que a média dos fins de semana daquele mês, em 2022, o fim de semana da Black Friday foi apenas 1,1 vezes. Além disso, mesmo variando muito de ano a ano, os segmentos de drogarias, cosméticos e turismo têm se mantido como os de maiores destaques, conforme aponta o Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA), “Sabemos que nos últimos dois anos, a data sofreu interferência de acontecimentos atípicos como a pandemia da covid-19 e a Copa, que impactaram a atividade econômica do varejo como um todo. Mas, também foram responsáveis por moldar e criar novos comportamentos que promoveram o crescimento das compras online e a multicanalidade, além da integração de canais entre os lojistas, por exemplo”, comentou Carlos Alves, vice-presidente de tecnologia da Cielo.

De acordo com o executivo, a Cielo, empresa de meios de pagamentos, monitora mensalmente a evolução do varejo brasileiro, de acordo com as vendas em 18 setores, desde 2014. Com base na performance dos setores para a data, a empresa apresenta uma visão precisa e minuciosa da atividade econômica para ajudar os lojistas em seu planejamento. Com base no ICVA, que leva em consideração desempenho por setor, cidades e regiões de destaque e performance por canal de venda, trouxe algumas conclusões importantes. Entre as principais, o estudo mostra que o dia da Black Friday, bem como o compilado do final de semana da data (quinta, sexta e sábado), tem perdido força se comparado a outras sextas e finais de semana do mês de novembro, uma vez que os varejistas têm promovido descontos especiais durante todo o mês.

Comparação do varejo entre 2019-2020

Em 2020, o e-commerce registrou um crescimento de 31,8% nas vendas durante o período estendido, de 26 a 29 de novembro, em relação a 2019. O e-commerce, sem o setor de turismo e transporte que foi gravemente impactado pela pandemia, teve um crescimento 60,4%. Mesmo com alto desempenho do on-line, o desempenho do varejo, considerando tanto o e-commerce, como o físico, teve uma queda de 10%.

Os setores que se destacaram positivamente nessa edição foram: Material de Construção liderando com um aumento de 10,7%; seguido por Drogarias e Farmácias, com 8,7%; e Móveis, Eletrodomésticos e Departamento, com 6,5%. Em contrapartida, os segmentos mais afetados foram Turismo e Transporte (-44,4%), Vestuário (-31,3%) e Cosméticos e Higiene Pessoal (-29,6%). Os dados de varejo mostraram queda na atividade econômica de todas as regiões do país, mas a região Norte apresentou a menor retração (-3,8%) vs. o mesmo período de 2019; e, a região Sudeste apresentou a maior retração, com -22,7%. 

Comparação entre 2020-2021

Durante o fim de semana da Black Friday em 2021, as vendas tiveram um aumento de 6,9% em relação ao ano anterior, com o e-commerce crescendo 16,4% e o varejo físico expandindo em 4,0%. No entanto, em comparação com 2019, antes da pandemia, houve uma retração de 3,8% nas vendas gerais. Alguns setores se destacaram positivamente, como Turismo e Transporte (+46,0%), Cosméticos e Higiene Pessoal (+15,3%), Drogarias e Farmácias (+7,2%), Supermercados e Hipermercados (+5,6%), Vestuário (+4,2%) e Livrarias, Papelarias e Afins (+0,5%). Já Veterinárias e Petshops (-1,4%); e Materiais de Construção (-8,8%), apresentaram quedas. 

Regionalmente, o Sul liderou o crescimento com 8,4%, impulsionado por Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Paraná. O Norte teve alta de 4,3%, destacando-se Amazonas e Pará. O Nordeste registrou crescimento de 3,7%, com Ceará, Pernambuco e Bahia em destaque. O Sudeste teve aumento de 3,0%, liderado por Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro. O Centro-Oeste registrou crescimento de 2,9%, com Goiás e Mato Grosso em alta, enquanto o Distrito Federal teve uma queda de 1,9%. Por fim, o fim de semana da Black Friday de 2020 foi 1,3 vezes mais representativa que a média dos finais de semana daquele mês.

Comparação entre 2021 – 2022

Em 2022, no período acumulado da Black Friday, que contempla final de semana e Cyber Monday, o varejo registrou um crescimento de 5,5% no faturamento nominal em comparação com o ano anterior. Entre os setores, o de Turismo e Transporte se destacou com um aumento de 21,4% em relação ao mesmo período de 2021. Além disso, quando analisado por região, o Sul do país apresentou o maior crescimento, atingindo 7,8% em comparação a 2021. Dentre os estados, o Rio Grande do Sul se destacou com a maior alta, alcançando 11,6% de crescimento no faturamento neste período. Esses números refletem a recuperação do varejo e o potencial da Black Friday como um impulsionador das vendas no Brasil.

“Para a edição de 2023, pesquisas do setor revelam crescimento na intenção de compra do consumidor, em um cenário sem interferências externas. Com isso, o varejista pode e deve ficar bastante otimista. Nós estamos trabalhando ativamente para garantir um período de sucesso para os vendedores, tanto com a produção do ICVA como também com diversas tecnologias e ferramentas que ajudam a impulsionar negócios, desde o pequeno ao grande lojista”, concluiu Alves.

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