CEO da Mosaico (Zoom, Buscapé e Bondfaro) fala dos caminhos adotados para facilitar a vida do novo consumidor
Em um mundo em que a cultura híbrida vai-se consolidando, principalmente nas relações de consumo, uma palavra ganha destaque e relevância crescente na entrega de boas experiências pensando em compras recorrentes: conveniência. É com esse trunfo nas mangas que a Mosaico, dona das marcas especializadas em comparação de preços Buscapé, Zoom e Bondfaro, contabiliza mais de 50 milhões de visitas mensais nas plataformas, oriundas de uma média de 20 milhões de usuários, possibilitando que, em um único lugar, se sirvam dos algoritmos que indicam preços, ofertas, prazos de entrega e tudo o mais que envolve a jornada do e-shopper. Inclusive, por meio da fusão com o Banco Pan, ocorrida há um ano, a Mosaico passou a oferecer também opções de crédito para impulsionar as compras. Relatando a trajetória das marcas e as perspectivas em um cenário cada vez favorável ao novo perfil de clientes, Mauricio Cascão, CEO da Mosaico, esteve presente, hoje (30), na 613ª live da Série Lives – Entrevista ClienteSA.
Iniciando por uma análise do que significa a Black Friday para a empresa, Maurício salientou ser essa data a apoteose do e-commerce. E, como se foi constituindo, pelo sucesso ao longo dos anos, em uma data estendida, trata-se de algo que, no seu entender, dependendo da quantidade e qualidade dos negócios, pode significar um ano de 13 ou 14 meses para o comércio. Falando da edição deste ano, no Brasil, ele entende que a comemoração do jogo do Brasil na Copa, de certa forma, impactou de forma negativa, ao ocorrer na véspera da Black Friday. Além disso, analisando o tráfego nos portais de pesquisa de preços, notou-se um cenário diferente em relação aos anos anteriores, com a data promocional acontecendo mais nesta semana do que no próprio dia específico.
Indagado sobre a transformação que vem ocorrendo no crescimento das relações on-line com os clientes no pós-pandemia, o CEO destacou que, no ambiente pré-Covid, o percentual do comércio eletrônico dentro do varejo como um todo dificilmente superava um dígito. Número que deu uma arrancada durante a pandemia, chegando perto da casa dos 20% e, agora, a partir dos modelos híbridos de trabalho e consumo em um ambiente de mais normalidade, o varejo digital se mantém nos dois dígitos, dentro de uma média de 15%. O que é, lembrou ele, tímido ainda, por um lado, mas apontando para a tendência de subida, uma vez que em países mais desenvolvidos o e-commerce já chega a responder por até 35% do varejo. Dentro desse universo, operando no modelo B2B com as três marcas do grupo, Maurício destacou que são mais de 300 milhões de ofertas disponibilizadas nos portais atualmente, firmando-se no mote, junto aos consumidores: “comprar através do Buscapé, Zoom e Bondfaro, é o melhor caminho para economizar tempo e dinheiro”.
Em termos das virtudes desse modelo digital, o executivo colocou em relevo que, mais do que ajudar o varejista a vender, está auxiliando pessoas a comprarem. “Não temos pressa para vender porque não possuímos estoques parados. O que reunimos são as informações do mercado inteiro e, dentro de uma significativa lógica de inteligência de dados que possibilita localizar os produtos desejados nessa imensidão de possibilidades. Tudo roda hoje em nuvem, depois de anos refinando esses algoritmos, de forma a permitir que o consumidor não seja obrigado a visitar física ou digitalmente dezenas de lojas à procura do que deseja, encontrando em um só lugar produtos, preços e ofertas para poder tomar sua decisão.” Na concepção de Maurício, o ponto determinante do sucesso ou fracasso de um negócio, atualmente, é o quanto ele apresenta um maior ou menor grau de conveniência para os clientes, acrescentando que, junto com a expansão do digital e suas facilidades, o varejo vai construindo gradualmente uma logística de distribuição cada vez mais funcional e efetiva. O que lhe permitiu resumir a fórmula do sucesso do varejista no cenário atual: sortimento variado, preços competitivos, ofertas atraentes e prazos de entrega chamativos.
Depois de ampliar a visão desse panorama com a ampla gama de soluções criativas materializadas por movimentos de reinvenção da indústria e do comércio no bojo da crise sanitária mundial e que vieram para ficar, o CEO foi indagado sobre a detecção das tendências nos mercados por meio das plataformas do grupo e aproveitou para falar da recente aquisição que o Banco Pan, do grupo BTG, fez da Mosaico. Segundo ele, esse movimento se explica pela amplitude de ferramentas digitalizadas de crédito que possui a instituição financeira, facilitando muito o acesso ao dinheiro pelo consumidor. “Um dos nossos denominadores comuns é que, enquanto são mais de 20 milhões que visitam nossas plataformas mensalmente, essa mesma quantidade de pessoas forma o quadro de correntistas no Pan. Sabendo-se que a grande alavanca do varejo é o consumidor desfrutar de crédito para comprar.” Ele pôde ainda, ao longo da live, discorrer sobre as formas de fomentar recorrência, os diversos perfis de clientes que demandam ferramentas específicas para isso, as virtudes do cashback, estratégias de conquistar confiabilidade por parte dos usuários, além das perspectivas e estratégias no radar do grupo.
O vídeo, na íntegra, está disponível em nosso canal no Youtube, o ClienteSA Play, junto com as outras 612 lives realizadas desde março de 2020. Aproveite para também se inscrever. A Série Lives – Entrevista ClienteSA prosseguirá amanhã (01), recebendo Adriana Bragatin, cofundadora e head de operações da Lenscope, que falará da inovação no digital para compra de óculos; e, encerrando a semana, o Sextou trará o tema “Saúde: A revolução na experiência do paciente”, em debate com os convidados Cristiane Giordano, CEO da Funcional Health Tech, Jaakko Tammela, diretor de design e CX na Dasa e Sônia Norões, CXO da Beep Saúde.