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Reinventar é exigência do novo público

Por que alguns produtos com décadas de sucesso deixam de ser apreciados pelos consumidores? Dentre as tantas possibilidades de respostas para essa questão, uma delas é bem simples: o consumidor mudou e aquele produto não atende mais aos seus anseios. A afirmação é do consultor Sidnei Oliveira, expert em conflito de gerações, em sua palestra “O perfil do novo consumidor/Geração Y”, ministrada no 15º CONGRAF, realizado de 8 a 11 de outubro, no Mabu Thermas & Resorts, em Foz do Iguaçu (PR).  
Oliveira iniciou a apresentação com o exemplo dos personagens da Turma da Mônica, de Maurício de Souza, que há três anos passaram por uma transformação. Depois de décadas de vendas expressivas pelo encantamento que causavam, principalmente entre as crianças, os gibis da Turma da Mônica e alguns produtos associados começaram a perder mercado. “Como solução, Maurício de Souza fez a turma crescer e mudar de características. O que Maurício fez foi reinventar o seu produto, o que pode ser modelo a ser seguido pelos empresários da indústria gráfica. “É preciso ficar de olho no comportamento do consumidor e inovar. Mas inovação não significa necessariamente fazer tudo novo. Um produto velho pode ter o seu valor e precisar apenas ser reposicionado, melhorado e adaptado”.
O consultor usou este tema para opinar sobre a preocupação recorrente do setor sobre o fim das gráficas. “A indústria gráfica não vai acabar, assim como não acabou com a criação do rádio, da TV e da internet. O que vai acontecer é uma transformação”.
A transformação é necessária, segundo Oliveira, para acompanhar as mudanças no perfil do consumidor. Ele detalhou os perfis das gerações desde 1920, com a Belle Epoque, até 2010, com a chamada Geração Z. Sobre a Geração Y, nascida entre 1980 e 1990, o consultor afirmou que ela está adiando as suas fases. “Os pais querem dar a esses filhos o que não tiveram em termos de educação, bens e experiências. Muitos desses jovens demoram a começar a trabalhar e a ter a sua independência porque os pais bancam tudo. E isso muda o cenário de consumo”.
Por isso, ensinou o consultor, é preciso que as empresas tenham estratégias e objetivos de como atingir este novo consumidor, de preferência com originalidade. Para ele, o mundo está mais diversificado e os pequenos nichos são cada vez mais interessantes. “E lembrem-se sempre de que os jovens estão cada vez mais conectados, e não só com os aparelhos, mas com as pessoas e com o mundo. Há crianças hoje que só querem usar cadernos que tenham selo de sustentabilidade. É preciso ficar atento a estes comportamentos”, conclui Oliveira.

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