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Retração de consumo diminui

A retração do consumo, no primeiro trimestre deste ano, foi menos intensa do que a de 2015. Mesmo com todo o cenário de incerteza política e financeira. Segundo o estudo Consumer Insights, feito pela Kantar Worldpanel, os brasileiros reduziram a frequência de compra de maneira menos agressiva – 1,7% de queda. Ao mesmo tempo, o volume de viagens  aos pontos de vendas teve um leve aumento, de 0,4%. A classe C passou a contribuir com o volume. Enquanto, a queda de frequência se concentrou nas classes D e E, com uma visita a menos no trimestre.
O levantamento aponta também que diversas regiões voltaram a registrar crescimento em volume e valor. Destacando-se entre elas o Grande Rio de Janeiro e Grande São Paulo, que ainda apresentaram elevação em frequência. A primeira teve aumento de 7% em unidades, 20% em valor e aumento de uma visita a mais no ponto de venda. Já a segunda apresentou, respectivamente, alta de 5%, 12% e duas visitas. Questões ambientais e o desemprego impactaram negativamente a região Leste + Interior RJ, que teve queda de valor (-5% em unidades e -7% em unidades por viagem). A região Norte/Nordeste foi a que mais reduziu frequência em menos duas visitas ao ponto de venda.
Sobe e desce das compras
Os alimentos e bebidas foram os responsáveis por elevar o consumo no primeiro trimestre de 2016. O ticket médio das cestas teve variação positiva de, respectivamente, 10% e 6%. Já higiene e beleza foi a única a apresentar retração em valor, estabelecendo-se como a cesta que mais sofreu com a redução de visitas aos pontos de venda. 
Os alimentos mais escolhidos no período de acordo com o índice CRP (penetração vs frequência de compra) foram: molho para salada; creme de leite e cream cheese. Entre as bebidas, suco congelado, leite fermentado e cerveja. Já os que mais deixaram de entrar nos carrinhos dos brasileiros estão petit suisse, lanche pronto e óleos especiais, bebida à base de soja, cappuccino e suco pronto. 
Na cesta de higiene, destacaram-se positivamente fralda, lâmina de barbear e alisantes, enquanto que cremes e loções, bronzeador/protetor solar e deo colônia perderam espaço. Entre os produtos de limpeza, cloro, inseticida e sabão em pedra foram os mais populares. Já cera para assoalho, detergente líquido para roupa e purificador de ar foram preteridos. 
Maior presença em casa
Consumindo mais dentro de casa, deixando assim cada vez mais de lado saídas para lanchonetes, restaurantes e bares, a população tem apostado em categorias que servem de base para o preparo de pratos. No primeiro trimestre de 2016, ingredientes como chocolate culinário, farinha de trigo, margarina, creme de leite e leite condensado registram aumento em unidades.
O Consumer Insights revela ainda que os brasileiros estão consumindo cada vez mais itens zero lactose. A penetração desse tipo de produto em março de 2014 era de 5%, no mesmo período de 2015 foi a 7%. Neste ano, o índice chegou a 12%. No total, mais de três milhões de lares compraram o segmento em 2016 (leite, iogurte, creme de leite e leite condensado).
O retorno ao lar também afetou a cesta de higiene e beleza, onda a casa virou salão beleza. De acordo com os números, alisantes e tintura para cabelo tiveram crescimento de 6,6% e 2,3% em unidades, respectivamente, de 2015 para 2016. Na cesta de limpeza o grande destaque é a categoria de repelentes, que cresceu 102% no primeiro trimestre de 2016 comparado com o mesmo período de 2015. Passou de uma penetração de 2% em 2013, para 6% este ano.
Sucesso no atacarejo
Mais uma vez, o atacarejo seguiu a tendência de crescimento. Novos consumidores migraram para o canal, totalizando mais de 2,5 milhões de lares. Neste primeiro trimestre, houve uma variação de 29,8% no valor gasto em relação ao mesmo período no ano passado. Nos supermercados de rede, por exemplo, o índice chegou a 10,9%, enquanto que nos hipermercados atingiu 12,9%. 
Mais da metade do crescimento do canal vem da classe C. A classe DE apresenta tíquete médio idêntico à classe AB, R$ 84,00 por compra. Além disso, 95% do crescimento é via itens unitários e não packs de produtos. O Norte/Nordeste já responde por um terço do volume do canal. No 1º trimestre o dispêndio do nordestino ultrapassou R$400, 38% maior que a média do país. 
O sucesso do atacarejo pode ser explicado por algumas razões, entre elas o fato de o canal atender a vários tipos de famílias, ser acessível a todos os bolsos e estar presente em todas as regiões do país.

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