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Carlos Curioni, CEO do Elo7

Um marketplace de produtos sob medida

CEO da Elo7 explica as características da plataforma que dá vazão ao empreendedorismo de produtos criativos e personalizados

Tecnologia, mudanças geracionais e maior presença de investidores de risco na economia são alguns dos fatores que têm patrocinado uma mudança cultural em favor do empreendedorismo mundial. Principalmente no Brasil, onde a abertura de negócio próprio vai deixando de ser apenas uma resposta aleatória e emergencial ao desemprego, para ir se tornando uma decisão planejada e um propósito na vida. Essa é uma das explicações para o crescimento de um marketplace como o Elo7, plataforma que, antevendo tudo isso há mais de uma década, reúne artistas e empreendedores de artesanatos, para venda de itens personalizados e customizados. Somando mais de 60 mil sellers e contabilizando mais de 24 milhões de acessos mensais, a plataforma foi adquirida, há um ano, pela americana Etsy, por R$ 1 bilhão. Compartilhando os detalhes desse ecossistema que aproxima consumidores dos vendedores que podem entregar produtos que atendam a momentos especiais da vida, Carlos Curioni, CEO do Elo7, participou, hoje (15), da 541ª edição da Série Lives – Entrevista ClienteSA.

Depois de contar um pouco de sua trajetória, com passagens por Accenture e Mercado Livre, Carlos falou de sua chegada, em 2011, à direção da Elo7. Embora não tenha sido uma jornada planejada, ele se entusiasmou com as perspectivas do negócio, que vieram a se confirmar. Principalmente pela característica atemporal do propósito que criou e sustenta o negócio, enfatizou o executivo, que é o de prover uma alternativa consistente para esse segmento de empreendedores, chamados genericamente de artesãos, mas que reúne costureiras, estilistas, designers, etc.

“Na Elo7, os tratamos como ‘nossos criativos’, aos quais oferecemos um alcance de mercado que não teriam por conta própria. No geral, trata-se de empreendedores – mulheres em sua grande maioria – que atendem a partir do seu ateliê ou estúdio, mas que encontram em nossa plataforma um caminho de expansão.”

Segundo Carlos, o marketplace é exclusivo para esse tipo de criativo, não sendo aceitos produtos massificados ou industrializados. Ainda assim, ele entende que o potencial tanto de sellers quanto de compradores é incomensurável, sendo que a plataforma reúne já mais de 60 mil vendedores e, do outro lado do balcão, pode estar qualquer pessoa que possua Internet. “Porque o leque de ofertas é muito plural. Alcança praticamente todos os momentos importantes das vidas das pessoas, com produtos que vão da maternidade aos casamentos, natal, carnaval, festas juninas, etc.” Com propósito e finalidades perenes, o que muda é a escala do negócio, que tem sido sempre crescente.

Já falando da cultura do empreendedorismo no país, ele enxerga uma transformação em pleno desenvolvimento. Na concepção do CEO, se, historicamente, os brasileiros empreendiam muito mais por necessidade e não como um projeto de vida – a exemplo do que se vê em culturas de países mais desenvolvidos -, o êxito que se observa em muitas famílias tem levado outras a buscarem negócios próprios não mais apenas como salvação. Ele percebe também que dois fatores contribuem para essa propensão ao risco: o surgimento de novas gerações mais arrojadas, de um lado e, de outro, muito mais investidores dispostos a apostar na criatividade das pessoas. Que foi o caso da Elo7, que pouco tempo depois de criada já encontrou quem apoiasse o deslanche do negócio levando, inclusive, a uma ampliação do conceito. Carlos contou que a divulgação do empreendimento, inicialmente, era de um marketplace dedicado ao artesanato. Entretanto, hoje sua finalidade clara é a especialização em itens personalizados. Ou seja, produtos que podem ser artesanais, na maioria das vezes, exclusivos, que passam pelo artesanato para sua elaboração final.

Dessa forma, ressaltou o executivo, trata-se de um marketplace no qual o consumidor vai em busca de produtos customizados. E mencionou, entre inúmeros exemplos, a aquisição de um kit-berço caracterizado com o ambiente do quarto preparado pelo consumidor para o recém-nascido, com uma padronização que inclui até o nome do bebê – e tudo isso sem precisar se dirigir ao ateliê do artista empreendedor. “É estabelecida uma conexão entre comprador e vendedor de tal forma que surge um processo de cocriação nessa relação. Portanto, nossa plataforma incentiva essa conversa, aproximando ambas as partes e transformando esse processo no oxigênio do nosso crescimento. Sendo que a Elo7 monitora e dá respaldo e segurança para que essa transação seja bem-sucedida. A vantagem, para o comprador, é negociar com um empreendedor já avaliado no site e, para o vendedor, é possuir todas as vantagens de um e-commerce, pagando apenas comissão por vendas efetuadas.”

Depois de descrever outros benefícios e incentivos, incluindo, tecnologia, marketing, logística, Carlos explicou como são vencidos os desafios de escalar uma plataforma que já alcança hoje mais de 24 milhões de acessos mensais. Também relatou aspectos em que as circunstâncias da pandemia favoreceram o negócio, como no setor de decorações, por exemplo. Por fim, ainda apontou a direção que está indo esse mercado, assim como as perspectivas do empreendimento na sequência da aquisição da empresa pela americana Etsy.

O vídeo, na íntegra, está disponível em nosso canal no Youtube, o ClienteSA Play, junto com as outras 540 lives realizadas desde março de 2020. Aproveite para também se inscrever. A Série Lives – Entrevista ClienteSA terá sequência amanhã (16), recebendo Érica Saião Caputo, gerente de atendimento externo da Vibra, que abordará a criação e consolidação de uma cultura CX; na quarta, será a vez de Ricardo Miras, diretor de CX da Vivo e Sponsor do Pilar de Pessoas com Deficiência do Programa Vivo Diversidade; na quinta,  Luciano Carvalho, CRMO da Provu; e, encerrando a semana, o Sextou trará o tema “Bank as a Service: Ampliação da experiência com serviços financeiros”, com os convidados Carlos Benitez, CEO da BMP e Carlos Netto, CEO da Matera.

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