Vendas de tablets crescem 103% no país

Ainda que possua importância no mercado brasileiro, as vendas de notebooks apresentam sinais de seguir a tendência mundial de queda, isso por conta da expansão dos tablets. No mundo, a participação do faturamento de notebooks no segmento de eletrônicos caiu de 11% para 8% entre 2011 e 2014. No Brasil, enquanto o mercado de tablets cresceu 48% em valor e 103% em volume de janeiro a julho de 2014, as vendas de notebooks caíram 9% em valor e 14,5% em volume, em relação a igual período do ano passado. Enquanto isso, os smartphones ampliaram sua participação em valor no mercado brasileiro de eletrônicos de 28% para 38% de janeiro a julho de 2014. A categoria cresse 90% em volume e 75% em valor no período analisado. Esses dados foram apresentados na 11ª Conferência Anual da GfK.
“Esses resultados mostram a necessidade de o mercado de notebooks se reinventar para enfrentar a concorrência com os tablets. O Brasil apresenta potencial de crescimento para esse setor, mas a indústria deve ficar atenta à tendência mundial. O segmento de notebooks responde por 15% de participação no mercado brasileiro quando analisado o período de janeiro a julho de 2014, estando acima da média mundial, que deve ficar em torno de 8% dos eletrônicos em 2014” afirmou Oliver Röemerscheidt, diretor de unidade de negócio. Na pesquisa online da GfK de agosto indicou que 24% dos entrevistados pretendem comprar um note nos próximos seis meses. 
O mercado internacional já reflete o investimento em inovação, com o crescimento de notebooks que incorporam características de tablets: produtos com tela touch, mediabooks e híbridos. “Embora a oferta desses produtos esteja engatinhando no Brasil, o mercado nacional deve caminhar na mesma direção do que se observa em mercados mais desenvolvidos. No caso dos híbridos, por exemplo, o país tem oito marcas e 18 modelos, enquanto o Japão tem 16 marcas e 150 modelos e a Alemanha, 27 marcas e 434 modelos”, explica o executivo. O mercado global de produtos eletrônicos deve movimentar U$ 821 bilhões em 2014, considerando-se sete categorias representadas por smartphones, celulares, TVs de telas finas, notebooks, desktops, câmera fotográfica e tablets, com previsão de repetir esse valor em 2015. Só os smartphones devem representar 48% desse mercado global neste ano. No Brasil, de janeiro a julho de 2014, essas sete categorias movimentaram R$ 45 bilhões, representando um crescimento de R$ 10 bilhões em relação a igual período do ano passado. 
Na pesquisa online, 68% dos consumidores de tablets citaram a primeira aquisição do produto como o principal motivo de compra. Neste estudo, para 41% dos respondentes o preço como fator decisivo para a aquisição de um tablet está em primeiro lugar, seguido por confiança na marca, com 20%. O mercado brasileiro de celulares está bem desenvolvido: 77% dos celulares vendidos no país são smartphones, patamar comparável a países desenvolvidos como Japão. Os produtos com 4G ainda são menos de 5% do total. Nesse mercado mais maduro, 54% das compras aconteceram para substituir modelos considerados obsoletos e 28% de aparelhos danificados. A pesquisa ainda aponta que, do total de consumidores, 35% substituíram modelos com menos de 11 meses e outros 40% os modelos com até dois anos de uso. 
A pesquisa da GfK analisou também outra tendência do mercado que surgiu com a necessidade dos consumidores de estarem permanentemente conectados a uma tela, os “wearables” (minitelinhas vestíveis). “Essa novidade, que já é uma realidade na Europa, registra cerca de 100 mil a 130 mil peças vendidas mensalmente, sendo os monitores de saúde e fitness os campeões de mercado, com 46%. Nesta categoria estão relógios, pulseiras e óculos – como computador esportivo de pulso”, finaliza o executivo.

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