Phillipe Alvarez, VP da Intervalor

Brasileiros têm renda comprometida e querem negociar

Mais de 68% dos brasileiros tiveram sua renda comprometida, em diferentes intensidades, durante a pandemia. Além disso, 44% afirmaram que o desconto é a opção que mais facilitaria a regularização de uma pendência ou a não atrasar as próximas. Os dados fazem parte de levantamento realizado pela Intervalor, multinacional alemã de relacionamento e serviços financeiros – junto a 1.843 consumidores, com contas em atraso em cinco segmentos: cartões /varejistas, financeiras, educacional, saúde e mobilidade – para nortear o lançamento do Recalibra, uma solução para negociação de dívidas sob medida  

Segundo o estudo, a diluição do valor mensal das parcelas nos meses subsequentes ficou em segundo lugar na escolha dos entrevistados, com 28% das respostas. Já 79% dos respondentes informaram ter dificuldades para pagar as próximas faturas / parcelas com o credor, “o que remete a outro fator: a incerteza. No caso daqueles que não tiveram nenhuma redução de renda, deixar de pagar nos próximos meses as despesas mais supérfluas ou de menor juros, pode significar uma reserva para uma situação inesperada”, analisou Phillipe Alvarez, VP da Intervalor.

As dívidas com cartão de crédito e parcelas de dívidas antigas são as que mais os preocupam, com 72% e 62%, respectivamente, de acordo com a sondagem. 81% dos respondentes, classificados como alta propensão de pagamento, com base em conceituado score de cobrança, pertencem ao grupo com incertezas em relação ao pagamento de compromissos futuros.

A pesquisa mostrou que a maioria dos devedores têm entre 30 e 39 anos, 29,5%, seguidos pelos de 40 a 49 anos, que representam 29,3% dos entrevistados. Empatados com 27% estão os Empregados CLT / Funcionário Público e os Autônomos, já os Desempregados, sem nenhuma renda, somam 25%.

Estratégia de negociação
De acordo com Alvarez, até o lançamento do Recalibra, a estratégia de negociação era baseada em um conjunto de variáveis históricas do consumidor, proveniente de diferentes fontes. E os agrupava de acordo com características semelhantes, como, por exemplo, a propensão de pagamento de uma dívida”. Ao justificar a iniciativa da pesquisa, ele afirmou que o objetivo era, antes de partir para o desenvolvimento do Recalibra, validar duas hipóteses: que a modelagem de dados, baseada em eventos passados, pode se descalibrar rapidamente quando ocorrem situações inesperadas na vida do consumidor, seja em períodos de crise econômica ou não. Mesmo que os modelos matemáticos não estejam descalibrados, consumidores agrupados por características semelhantes, podem requerer condições de negociação totalmente distintas.

“Nos últimos anos, o segmento evoluiu substancialmente no que se refere a soluções digitais para negociação de dívidas. Sem dúvida alguma, essas soluções simplificaram a jornada do consumidor, que pode pagar uma dívida com até três cliques. Além da facilidade, o Recalibra tem como proposta de valor, a melhoria da experiência por meio da solução do problema com o cliente. Muito mais do que um novo produto da Intervalor, ele representa uma evolução de pensamento, uma ampliação de olhar, onde o propósito evolui de cobrar para negociar. E negociar é mais do que se relacionar, pois envolve um compromisso maior com o cliente. Negociar é resolver, é solucionar”, concluiu o executivo.

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