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Rubens Sardenberg, diretor de Economia, Regulação Prudencial e Riscos da Febraban

Expectativa para alta da carteira de crédito em 2024 sobe para 8,5%

Segundo a Febraban, em 2023 houve nova redução na expectativa de crescimento da carteira total, que passou de 7,4% em novembro para 6,9%

A projeção de crescimento da carteira de crédito total para 2024 se elevou de 8,3%, em novembro, para 8,5%, de acordo com a “Pesquisa de Economia Bancária e Expectativas”, realizada pela Febraban em dezembro. O levantamento registrou alta na expectativa tanto na carteira livre, cuja projeção subiu de 8,2% para 8,4%, quanto na direcionada, que avançou de 8,5% para 8,6%. Ambas foram beneficiadas pela queda das taxas de juros e a perspectiva de melhora dos índices de inadimplência, que devem levar a uma aceleração do crédito em 2024. Por outro lado, houve uma nova redução na expectativa de crescimento da carteira total em 2023, que passou de 7,4% (edição de novembro) para 6,9%, com revisão para baixo concentrada na carteira livre pessoa física.

De acordo com o levantamento, para a carteira livre em 2023, a expectativa de crescimento passou de uma alta de 6,1% para 5,2%, devido à queda da projeção para o desempenho da carteira destinada às famílias, que passou de 9,5% para 8,0%, diante do menor dinamismo apresentado nos últimos meses, especialmente nas linhas de maior risco (rotativas). Por outro lado, a projeção da carteira livre destinada às empresas subiu ligeiramente, de 1,3% para 1,4%. Já a expectativa de crescimento da carteira direcionada para 2023 subiu de 8,8% para 9,5%, especialmente em função da previsão de maior expansão da carteira pessoa jurídica, que passou de 6,9% para 8,6%, sustentada pelos programas públicos de crédito. Em relação ao crédito direcionado pessoa física, a projeção de alta passou de 9,8% para 10%.

Desaceleração no crédito 

“O mercado de crédito registrou uma desaceleração razoável em 2023, movimento esperado diante da política monetária contracionista, aumento da inadimplência e eventos negativos no setor corporativo no início do ano. Ainda assim, deve terminar o ano com uma expansão nominal próxima a 7%. O mais importante, contudo, é que as expectativas são mais positivas para 2024, quando o crédito deve voltar a acelerar, crescendo acima de 8%, sustentado pelo movimento de queda da taxa de juros e melhora dos índices de inadimplência, que devem beneficiar especialmente o crédito com recursos livres, mais sensível ao ciclo econômico”,comentou Rubens Sardenberg, diretor de Economia, Regulação Prudencial e Riscos da Febraban.

Em relação à taxa de inadimplência da carteira livre, a pesquisa capturou estabilidade na projeção tanto para 2023 como para 2024. Para 2023, a projeção é de 4,9% da carteira, o que corresponde ao nível atual do indicador (dado de outubro do Banco Central), reforçando a tese de que a trajetória de alta da inadimplência chegou ao fim (mesmo que ainda com alguma divergência entre os segmentos pessoa física e pessoa jurídica). Em 2024, a projeção permaneceu em 4,6% ao final do ano, o que significaria alguma queda ante 2023.

Metodologia

Esse levantamento da Febraban é realizado a cada 45 dias, logo após a divulgação da Ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) e mostra a estimativa dos bancos para o comportamento de diversas variáveis da economia ao longo deste e do próximo ano. Esta edição foi feita com entrevistas com 18 bancos entre 20 e 22 de dezembro. Com este olhar prospectivo, essa pesquisa se diferencia da “Pesquisa Especial de Crédito”, divulgada mensalmente e que procura antecipar os números do mês anterior divulgados pela Nota de Política Monetária e Operações de Crédito do Banco Central.

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