Quem souber aplicar as soluções de IA de forma inteligente e estratégica conseguirá entregar recursos de personalização dinâmica real
Autora: Mariana Mantovani
É fato que nos últimos dois anos (no mínimo), falar sobre Inteligência Artificial deixou de ser futurismo e se tornou pragmatismo operacional. Mas essa virada traz uma consequência que muitos marketplaces parecem ainda não ter percebido (ou aceitado): o consumidor digital mudou, e com ele, o patamar de exigência também subiu.
Essas transformações do consumidor nos levou da era do “vender online” para a do “comprar com inteligência e conveniência”. Isso porque quem dita a dinâmica de compra não é mais o lojista. Agora o poder da sua loja é o e-consumidor. E se o seu marketplace não estiver preparado para isso, haverá alguém que estará e preencherá essa lacuna.
Portanto, é preciso levar em consideração que o consumidor atual:
- prefere sugestões personalizadas a buscas genéricas
- se irrita com páginas lentas e cadastros longos
- espera transparência em preço e entrega
- quer controle e visibilidade sobre todo o processo
- valoriza marcas que tratam seus dados com responsabilidade
Nesse cenário, há ainda um ponto chave. Esse novo e-consumidor não pede por soluções de IA na jornada de compras. Ele ESPERA a IA. Ele assume, por exemplo, que o marketplace seja capaz de antecipar suas necessidades; conheça seu histórico de consumo; recomende com precisão novos produtos ou serviços; e, claro, entregue eficiência.
Toda essa expectativa muda a regra do jogo. Quem souber aplicar as soluções de IA de forma inteligente e estratégica conseguirá entregar recursos de personalização dinâmica real; uma precificação justa e atraente; atendimentos cada vez mais humanizados; e prevenção de fraudes e vazamentos de dados.
Quero destacar também que o e-consumidor é altamente empoderado. Ele compara, testa e…abandona rápido. Portanto, gestores de marketplace nunca podem deixar de lado que à concorrência está a apenas um clique de distância.
Por fim, jamais se esqueçam que lealdade digital é frágil e a IA ajuda a mantê-la, mas somente quando usada para melhorar a experiência do usuário, não apenas a margem do marketplace. O marketplace vencedor é aquele que trata o consumidor como indivíduo, não como massa.
Mariana Mantovani é especialista em marketplace e e-commerce e fundadora da Boost Marketplace.





















