Segundo revela também levantamento da Omio, 34% dos brasileiros entrevistados afirmam que querem viajar com mais frequência que antes
Os brasileiros são um dos mais entusiasmados para voltar a viajar, de acordo com o “NowNext’25”, relatório anual sobre tendências no turismo mundial, realizado pela Omio, plataforma de reservas multimodais, e pela YouGov, instituto de pesquisas de opinião. O levantamento mostra que 34% dos entrevistados pretendem viajar com mais frequência, perdendo apenas para os espanhóis (37%), mas ficando à frente dos italianos (32%) e dos britânicos (33%). “O resultado reforça o forte vínculo emocional do brasileiro com o ato de viajar, mostrando que, mesmo em meio a incertezas globais, o desejo de explorar novos destinos continua sendo prioridade”, analisou Vitor Lalor, gerente geral da Omio para o Brasil.
Outro apontamento que a pesquisa mostra é que 25% dos brasileiros entrevistados consideram viajar como sua principal prioridade, enquanto a média global é de 9%, e 74% afirmam estar planejando visitar destinos dentro do próprio Brasil, enquanto 17% planejam viajar para a Europa. “O Brasil, como um dos maiores e mais diversificados países do mundo, ainda tem muito potencial para atrair todos os tipos de turistas, especialmente para suas cidades secundárias”, explicou Laior.
Segundo o executivo, “de locais para a prática de kitesurf no Nordeste à observação de pássaros e da natureza no Pantanal, da degustação de vinhos no Sul às históricas fazendas de café em Minas Gerais, o Brasil oferece uma riqueza de experiências. Gramado e Foz do Iguaçu, por exemplo, têm investido em atrações para impulsionar o turismo durante todo o ano. E a Omio garantirá que todos possam chegar a esses destinos com facilidade”.
Para 50% dos brasileiros entrevistados, viajar é uma das principais prioridades comparado a outros gastos não essenciais, o que coloca a população acima da média global (38%). “O turismo consciente é uma tendência global em crescimento e, como marca presente em 46 países, a Omio tem como objetivo facilitar o acesso dos viajantes a destinos além dos mais conhecidos. Sendo uma plataforma multimodal que combina transporte aéreo e terrestre, facilitamos o acesso de visitantes internacionais a essas cidades do Brasil. A compra de passagens de ônibus era um grande desafio para os viajantes internacionais que vinham ao Brasil, mas se tornou extremamente simples com a Omio, uma marca confiável que reúne todos os meios de transporte necessários em uma única plataforma, guiando os viajantes até seus destinos”, complementou o gerente.
As principais tendências evidenciadas para o turismo na pesquisa “NowNext’25” da Omio para o próximo ano são as seguintes:
Preocupações globais
O cenário global também influencia as decisões de viagem dos turistas brasileiros que pretendem tirar férias nos próximos 12 meses. Sete em cada dez dos entrevistados (73%) afirmam que os eventos mundiais, como conflitos geopolíticos e/ou mudanças climáticas, terão impacto em seus planos de viagem.
Ainda assim, o desejo de explorar o mundo continua forte. Como mostra a pesquisa da Omio e da YouGov, 34% dos brasileiros entrevistados dizem que querem viajar com mais frequência do que antes, reforçando a importância do lazer mesmo em tempos de incerteza.
Quando escolhem para onde ir, 28% dos turistas priorizam destinos mais estáveis e seguros, enquanto 25% dos viajantes afirmam ser indiferentes a esses fatores. O resultado mostra o brasileiro está mais cauteloso, mas que não abre mão de viajar. Apenas busca fazê-lo de forma mais consciente e planejada.
Promoções ou destinos?
Em um cenário com os custos de vida mais altos em diferentes partes do mundo, o viajante brasileiro se mostra estratégico. Quase metade dos brasileiros entrevistados (49,9%) afirmam que viajar continua sendo prioridade frente a outros gastos não essenciais, e 23% dizem que estão dispostos a cortar despesas em outras áreas para garantir a próxima viagem.
O novo perfil de turista nacional é o “viajante planejador”, pois 37% afirmam que planejam seus trajetos com antecedência, buscam as melhores ofertas e viajam fora de temporada (27%), para economizar sem abrir mão das experiências. Para esse perfil, cada viagem é mais do que um gasto, mas sim um ato de bem-estar, criar memórias e propósito.
Amor pela América do Sul
O continente sul-americano segue no radar dos viajantes brasileiros. Quatro em cada dez (41%) dizem que planejam viajar pela América do Sul nos próximos 12 meses, refletindo o forte apelo regional e o aumento da conectividade entre países vizinhos.
Viagens domésticas continuam liderando as intenções, segundo 73% dos respondentes que disseram planejar suas próximas férias dentro do próprio país, impulsionadas pelo interesse crescente em destinos para explorar a natureza, gastronomia e cultura local. Já 22% desejam viajar para a Europa, dos quais 9% consideram destinos na América do Norte e 4% na Ásia, o que mostra um perfil de viajante que privilegia experiências próximas, mas não perde de vista o sonho de cruzar fronteiras.
Boca a boca
No Brasil, as viagens continuam sendo inspiradas por pessoas e não por algoritmos. Quase metade dos brasileiros (45%) escolhe o próximo destino com base em recomendações de amigos e familiares, enquanto 42% se deixam guiar por boas experiências de viagens anteriores.
As redes sociais aparecem logo atrás (33%), reforçando o papel das comunidades digitais na troca de inspirações, mas sem substituir o poder da conversa e da confiança. A tecnologia também já marca presença: 9% alegaram recorrer a mecanismos de Inteligência Artificial, como o ChatGPT, para buscar ideias de viagem, e 29% afirmam ter sido influenciados por séries e filmes, fenômeno que consolida o chamado “turismo de tela” como tendência em ascensão.
“Mais praia, por favor”
O Brasil segue fiel ao espírito praiano e 2026 promete ser o ano de desacelerar. Mais da metade dos brasileiros (54%) pretende fazer uma viagem de descanso ou de praia, e 58% afirmam que querem voltar das férias se sentindo revigorados. Depois de um período marcado por grandes aventuras e viagens urbanas, o próximo ano deve trazer uma energia mais tranquila e reflexiva.
A pesquisa aponta que 18% dos turistas planejam momentos a sós e de autoconhecimento, e 20% buscam experiências voltadas ao bem-estar e autocuidado. Um retrato do viajante brasileiro que almeja desacelerar, mas sem abrir mão de sonhar com o mar.
Menos turismo, mais descobertas
A era do turismo para destinos saturados dá lugar a uma nova forma de viajar: mais consciente e conectada com o que realmente importa. Um em cada três (33%) pretende evitar destinos superlotados e descobrir lugares menos conhecidos, sinal de que o viajante brasileiro busca autenticidade em vez de checklists.
Quase metade dos brasileiros (47%) afirma que quer vivenciar de perto a cultura e a história dos lugares que visita, e 41% têm como prioridade apoiar negócios e comunidades locais. Já escolhas mais diretamente ligadas à sustentabilidade, como optar por transportes ecológicos (19%) ou viagens com propósito social e ambiental (9%), ainda aparecem em segundo plano, mas mostram um movimento crescente de consciência e equilíbrio nas decisões de viagem.
Adeus às capitais
As grandes capitais estão perdendo espaço para destinos mais autênticos e tranquilos. Em 2026, o viajante brasileiro quer descobrir novas rotas e viver experiências fora do circuito tradicional: 62% afirmam que seriam motivados por preços mais baixos, 51% buscam locais menos cheios, e 44% se dizem atraídos por experiências culturais mais genuínas.
O movimento reflete uma mudança no comportamento: sair dos grandes centros para explorar cidades menores e destinos que preservam o encanto local, onde o tempo corre devagar e o turismo é mais próximo das pessoas. Um caminho que reforça a transição do “turismo de vitrine” para uma jornada mais real, acessível e humana.
Elas viajam para se conectar. Eles, para se desconectar
Quando o assunto é viajar, homens e mulheres parecem estar em jornadas diferentes, ainda que na mesma direção. Um em cada cinco homens (22%) pretende viajar sozinho no próximo ano, em busca de silêncio, pausa e desconexão da rotina. Já as mulheres colocam o afeto no roteiro: 38% querem viajar com o parceiro, 27% com amigas, e 41% priorizam momentos com a família.
Além disso, 37% das viajantes dizem que planejam viagens para reencontrar pessoas queridas, reforçando a ideia de que, para elas, viajar é estar junto, enquanto para eles, é respirar um pouco de si mesmos. Duas formas diferentes de olhar o mapa, mas ambas com o mesmo destino: reconectar-se com o que realmente importa.
Z de Zelo – a geração que viaja com intenção
A geração Z está reinventando o cenário das viagens. 31% afirmaram planejar com mais cuidado para controlar os gastos. Eles querem viajar mais (34%), por mais tempo (26%) e com opções de transporte mais sustentáveis (23%). Exigem mais do que qualquer outra geração, mas será que conseguirão?
“O turismo mudou drasticamente nos últimos anos, passando da ausência total durante a pandemia para agora, uma nova era de intenções em viagens. O que não mudou foi a determinação das pessoas em explorar e o desejo de viajar continua tão forte como sempre e, embora nem sempre seja fácil, os viajantes continuam a encontrar uma maneira de fazê-lo. Nosso relatório revela uma era de viagens conscientes, inteligentes e orientadas por valores. Na Omio, dedicamos nossos esforços para acompanhar as novas demandas dos viajantes, garantindo que cada viagem seja perfeita. Seja encontrando as melhores ofertas, oferecendo um meio de transporte que atenda às suas necessidades ou conectando-os a destinos em alta com facilidade, estamos aqui para transformar os sonhos dos viajantes em realidade e a inspiração em ação”, comentou Veronica Diquattro, presidente de B2C e supply da Omio.
Metodologia
A Omio encomendou à YouGov uma pesquisa com mais de 10.555 pessoas em países como Itália, Espanha, Alemanha, Reino Unido, EUA, Brasil, Japão e Austrália. O relatório é baseado em pessoas que pretendem tirar férias nos próximos 12 meses (excluindo os que disseram “nada provável”). Além disso, dados de usuários da Omio foram incorporados às entrevistas.





















