A
confiança na publicidade convencional têm caído continuamente em função da
constatação cada vez mais frequente de que as lojas não cumprem, na prática, o
que prometem em suas propagandas levando ao cliente a uma experiência
frustrante. Impunidade, fraudes e violência. São tantas as violações ao direito
do cidadão, que algumas passam despercebidas, embaladas em bonitas peças de
revista, clipes na televisão ou rádio. Celebridades vão à televisão falar bem
de um produto ou serviço. Bancos, cartões de crédito, operadoras de telefonia
celular são bons exemplos em apresentar uma visão positiva de seus serviços
através de uma personalidade importante que, mesmo involuntariamente, forma
milhares de opiniões país afora. Nada de errado, dirá a leitora ou o leitor, à
primeira vista.
a não ser pelo fato de que estes mesmos bancos e estas empresas de cartões de
crédito e de telefonia celular são recordistas contumazes de reclamações nos
órgãos de defesa do consumidor. Somos
vítimas, todos os dias, de desmandos, mau serviço e processos irracionais
destas empresas, e assistimos a mensagens publicitárias de todas as naturezas
dizendo exatamente o contrário: que o banco é feito para você, que sua empresa
não pode perder tempo com o banco, que o cartão é isso, que o celular é aquilo,
enfim, tudo aquilo que os profissionais de marketing chamam de “retórica” ou
“metáfora” da comunicação. E tudo na voz de pessoas altamente influentes e
conhecidas[1]
[1]
KLEIN, ENIO – “Publicidade enganosa, até quando?”, site: http://www.adnews.com.br/artigos/publicidade-enganosa-ate-quando,
em 18/2/2014 as 11:30