Para relembrar a passagem do aniversário de nascimento de uma verdadeira lenda para a minha geração, Renato Russo, nada mais apropriado do que citar alguns livros que contam a história deste carioca criado em Brasília e que marcou para sempre o Rock Brasil.
Nascido em 27 de março de 1960, Renato Manfredini Júnior já tinha o apelido de Trovador Solitário quando fundou o Aborto Elétrico em 1978. A partir de 1892 já liderava a Legião Urbana, que foi um marco no cenário musical brasileiro.
O primeiro livro foi lançado no mesmo ano de sua morte. “Conversações com Renato Russo“, de Arthur Dapieve (Editora LETRA LIVRE, 1996).
Particularmente, tenho duas passagens bem marcantes em relação ao maior poeta da minha geração. A primeira ocorreu no início dos anos 80 quando a Legião se apresentava pela primeira vez fora de Brasília, segundo o próprio Renato. Tal show foi no Circo Voador, na Lapa (RJ) e eles foram apresentados pelo amigo Herbert Viana, que “engatinhava” no cenário do Rock Nacional com “Vital e Sua Moto”… Lembro perfeitamente de Renato Russo pedindo desculpas “mas eu vou tocar um Funk…” em pleno Circo, um habitat radical dos roqueiros cariocas…
A segunda lembrança foi exatamente no dia de sua morte, em 11 de outubro de 1996. Neste dia, eu já morava em São Paulo e e tinha uma entrevista agendada por telefone sobre tecnologia. Ao ouvir a notícia da morte de Renato pelo rádio minutos antes do horário marcado, tive dificuldade em me concentrar na entrevista. Sem conseguir disfarçar, confessei o motivo e, para a minha surpresa, a jornalista também estava com o mesmo problema. Remarcamos a entrevista, e a jornalista Ana Paula Lobo tornou-se uma grande amiga até hoje.
Enfim, este é um pequeno registro sobre o grande poeta do Rock Nacional, um cantor talentoso, multi-instrumentista e, acima de tudo, um personagem polêmico, mas adorado até os dias de hoje.
Vida longa, Renato Russo!