A educação no local de trabalho aumentará as perspectivas de carreira na era da automação digital. E monitorar o nível de ansiedade dos colaboradores, frente às novas habilidades demandadas pela Hyperautomation (quando robôs ou softwares integram processos do negócio e tomam à frente de tarefas repetitivas), é crucial para transformar e reter novos talentos. É o que afirma o estudo “The Future Of Work Is Still Being Written – But Who is Holding the Pen? (O Futuro do Trabalho Ainda está sendo Escrito – Mas Quem Segura a Caneta?), realizado pela Forrester Consulting sob encomenda da UiPath. O estudo se propôs a avaliar como lideranças de grandes economias têm absorvido o impacto da automação na força de trabalho e, para isso, ouviu 270 executivos e tomadores de decisão de empresas de diferentes setores da economia de países como França, Alemanha, Reino Unido, Japão e Estados Unidos.
Segundo a pesquisa, a maioria dos líderes consultados (66%) pretende elevar em pelo menos 5% os investimentos na tecnologia RPA só nos próximos 12 meses. A razão disso é a certeza de que o RPA contribui para o desenvolvimento de ambientes e equipes de trabalho mais competitivas, produtivas e engajadas na medida em que elimina tarefas repetitivas e menos estratégicas. Mas o estudo revela que grande parte das organizações (81%) admite precisar mudar ou melhorar processos de gestão para dar suporte aos colaboradores na aquisição das competências necessárias à era da Hyperautomation e seguir nessa jornada.
Para se ter uma ideia, 41% das lideranças consultadas disseram que os profissionais do seu time estão preocupados com o fato de que, talvez, suas habilidades digitais não correspondam às exigidas pelo trabalho do futuro e mais da metade (53%) disse que sente a equipe ameaçada. “Estamos vivendo um momento importante e sem precedentes no mercado. Por isso, nessa hora é preciso dialogar abertamente com as equipes e descobrir novas formas de democratizar a capacitação sobre a automação”, disse Guy Kirkwood, Chief Evangelist da UiPath.
Conheça algumas iniciativas listadas no estudo para absorver os impactos da automação na força de trabalho:
– Monitorar a ansiedade do time – É verdade que nem todos os colaboradores embarcarão na jornada digital. Porém, ouvir e tentar entender a ansiedade e o nível de satisfação do time frente aos desafios da automação pode ajudar a desenvolver diferentes abordagens para cada grupo de colaborador. É isso o que vem fazendo pelo menos 63% dos respondentes da pesquisa Forrester-UiPath.
– Desenvolver programas inovadores para a educação no trabalho – Para ajudar os profissionais no desenvolvimento de novas competências digitais, algumas organizações têm promovido certificações digitais internas, com o apoio de parceiros especializados, como uma forma de aprimorar o conhecimento em automação. Segundo o estudo, 58% dos entrevistados disseram que pensam em fornecer este tipo de certificação na própria empresa.
– Atualizar a tecnologia frequentemente – Para 64% das empresas consultadas, manter os recursos tecnológicos em constante atualização, conforme as demandas do mercado, pode ajudar os profissionais a se sentirem mais satisfeitos e realizados no trabalho e mais qualificados para os desafios corporativos do futuro.
– Planejar uma nova estrutura de recrutamento e retenção dos talentos – Segundo o estudo, a força de trabalho do futuro será uma mistura de colaboradores com e sem vínculos formais com a empresa, e que transitarão entre funções mais livremente que nunca. É preciso estar estruturado para a uma nova gestão de RH, que não será tão focada no “talento próprio”.