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Um movimento pelo reconhecimento e profissionalização


As empresas de callcenter estão se unindo ao Sindicato Paulista de Telemarketing, Sintelmark para desenvolverem ações a princípio políticas pelo reconhecimento da importância sócio-econômica estratégica da atividade, que emprega 360 mil pessoas e movimenta algo como R$ 67,4 bilhões/ano, de acordo com pesquisa da Associação Brasileira de Telemarketing, a ABT. No caso exclusivo de São Paulo, em função da alíquota de 5% que recai sobre o ISS, imposto sobre serviços, está havendo um êxodo das companhias para cidades da região e até para outros Estados, onde o imposto chega a ser de 0,1%, resultado da guerra fiscal para atrair empresas que geram emprego em massa.



O movimento, neste primeiro momento, vai envolver uma ação política junto ao executivo e legislativo municipal. “É preciso deixar claro que não estamos lutando por benefícios. Em função da atividade ser grande geradora de emprego, muitas empresas estão mudando ou abrindo sites fora da capital paulista. Queremos que a prefeita Marta Suplicy reconheça essa importância e nos inclua entre as 10 atividades prestadoras de serviços beneficiadas com a redução da cota de ISS de 5% para 2%”, explica o presidente do Sintelmark, Oscar Teixeira Soares e diretor da Auttel Telemarketing. Dos 31 associados do sindicato patronal estavam presente Alessandro Goulart, da SoftWay; José Luiz Sanches, da RedLine e do Sintelmark; Alessandra Periscinoto, da SPCom; e Luiz Mattar, da Telefutura.



De acordo com as estatísticas levantadas pelo Sintelmark a maioria das empresas de callcenter está optando por expandir suas atividades fora da capital, facilidade permitida pelo alto grau de tecnologia empregada. “O que atrai é o fato da atividade ter importância inclusive social muito grande. De um lado, como geradoras do primeiro emprego, encaminhamento profissional e pela formação de cidadãos; de outro, por recolocar em atividades muitos desempregados e idosos, além de deficientes físicos”, justifica Oscar. Outro fator fundamental, de acordo com ele, é que a atividade vem de encontro às propostas política do governo PT, de investir em áreas que geram emprego, e principalmente o primeiro emprego.



O documento que o Sindicato vai entregar à prefeita Marta Suplicy e a alguns vereadores demonstra que a atividade deve manter o ritmo de crescimento de 20% nos próximos três anos e que a maioria das posições de atendimento instaladas no País (80%) estão, ainda, na capital paulista. O documento chega a citar o ranking do Callcenter.inf.br como referência às empresas localizadas em São Paulo e lembra que muitas delas já começaram a sair da capital. Oscar Soares procura evitar exemplos, mas o documento deve incluir pelo menos alguns deles, como a mudança da SoftWay do bairro paulistano do Jabaquara para Jundiaí e a manutenção de outras como da SPCom que está ampliando suas atividades na Água Branca e da Telefutura, com dois sites na cidade de São Paulo. Apenas as duas últimas geram 4 mil empregos. “As empresas de callcenter devem manter o ritmo de abertura de vagas em torno de 20% nos próximos anos”, avalia Oscar.



Outra justificativa é que a área de callcenter requer menos investimento para gerar uma vaga de trabalho. De acordo com levantamento do Sintelmark, uma PA custa entre R$ 20 e R$ 30 mil e gera até quatro empregos diretos. Sobre salário, o documento mostra que o piso salarial da categoria é de R$ 441, com salário médio em torno de R$ 500, além dos benefícios como vale transporte, vale refeição e assistência médica ofereceidos.

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