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A revolução das fintechs!

Impulsionadas pelo acesso mais fácil e de menor custo às tecnologias, bem como pelo momento de hiperconectividade, as startups estão vivendo um momento impar. Tão logo surgem já se tornam peças fortes no mercado. De estrutura simples e serviços disruptivos, elas mostraram que o fato de serem pequenas não as impede de brigar de igual para igual com as grandes empresas. Esse é o caso das fintechs, que conseguiram tirar os bancos da zona de conforto. Mas, qual o grande diferencial delas para isso?

O primeiro ponto a ser levantado é justamente esse de sua base mais inovadora e tecnológica. Embora o setor bancário seja um dos que mais se desenvolveu no ambiente digital, ter um site, aplicativos, serviço de chat e presença nas redes sociais já não é suficiente. Outro ponto importante é que as fintechs chamam atenção por possuírem um foco específico. O que significa que elas encontram um problema e criam um serviço para resolvê-lo. “O banco normalmente faz tudo, mas há fintechs super especializadas em seguros, créditos, etc. Com isso, conseguimos uma estrutura mais enxuta e bastante focada em tecnologia”, comenta Marcelo França, CEO e sócio-fundador da Celcoin. Rafael Pereira, diretor executivo da Enova/Simplic, ainda adiciona: “o seu grande diferencial é que a solução começa com o entendimento da real necessidade do cliente e termina com a criação de plataformas, produtos e serviços que proporcionam uma melhor experiência.”

Assim, o próprio cliente acaba sendo o grande influenciador e auxílio para que as fintechs consigam se estabelecer. Como explica Guilherme Horn, diretor executivo e líder de inovação da Accenture, esse novo público, da geração Millennials, é totalmente diferente dos antepassados. “Ele tem uma expectativa diferente com relação à experiência que tem com os produtos e serviços. E tem essa mesma expectativa com relação aos produtos e serviços financeiros”. Ou seja, espera dos bancos a mesma vivência que tem com outras empresas na Internet, porém essas instituições sofrem por terem ainda processos robustos e maduros, que dificultam essa transição total para o virtual e de forma rápida. “A pessoa não quer ir mais à agência e ter que falar com o gerente. Hoje, é extremamente viável ter um controle daquilo que se quer fazer, como quer fazer e quando fazer”, acrescenta, Mauricio Valim, CEO do KiiK.

Esse nicho mais conectado encontra nas fintechs a alternativa que desejam para resolver seus problemas financeiros. Sem contar que muitas dessas startups estão sendo criadas justamente para atender aquela parcela da população que é desabancarizada no País – cerca de 40% das pessoas economicamente ativa. Junto, ainda, do foco no atendimento e no relacionamento exclusivo, pontos que são considerados cruciais para os clientes hoje em dia, quando se trata escolher uma empresa. Como são empresas com serviços são mais simples de aderir, na qual não é preciso ser um grande entendedor financeiro para saber o que se trata, não há uma papelada enorme para assinar e nem burocracia, encantam pela facilidade e custo-benefício. “A combinação de um serviço mais barato com uma solução inovadora que resolve o problema de forma diferente, além da transparência e bom atendimento, sem amarras a contratos, conquistam o cliente”, avalia Igor Marchesini, CEO da Payleven.

E OS BANCOS, COMO FICAM?
Com um serviço disruptivo e mostrando ao setor financeiro que é, sim, possível ser ainda mais inovador e mais prático nos serviços e, principalmente, sem perder a qualidade, gerou-se um questionamento de como ficariam, então, os bancos. É certo de que não será o fim deles, não há como ficar sem tais instituições, porém o caminho que todos acreditaram é na união entre os dois mundos, juntando o que cada um tem de melhor. “Dificilmente uma startup terá condições de prover um portfólio tão amplo como uma instituição tradicional, assim como dificilmente uma instituição tradicional terá agilidade de uma startup para trazer modelos novos aos consumidores”, analisa Almir Carrion, diretor de marketing e produtos da C&M Software, empresa desenvolvedora da fintech GoChk. 

Nesse caminho, as startups que estão começando poderão aprender muito com os bancos, que já possuem mais anos de experiência. Enquanto esses também poderão usar as fintechs como um mapa de reflexão para o que pode ser melhorado. Valim vê que a expectativa é que eles vão acabar, uma hora ou outra, diminuindo sua burocratização e aumentarão o controle do cliente. “No futuro, os clientes vão ter maior controle das ações, de acordo com as necessidades que eles têm. As fintechs, pelo fato de serem empresas menores e com estruturas enxutas, farão o futuro ser voltado para simplicidade”, crê.

Não por menos, já é possível encontrar bancos tradicionais que já estão analisando e investimento em fintechs, para que seja possível se aproximar ao máximo desses negócios. Para França, essa convivência entre empresas só trará bons resultados à sociedade. Já que se espera uma grande melhora nos serviços oferecidos. “Uma maior qualidade no produto, no atendimento, custos menores e as fintechs vão pressionar os bancos também nesse sentido”, opina. “Um futuro com melhores serviços a todos.”
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