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Big Data é só mais um conceito?



 Essa semana, Barack Obama foi reeleito presidente dos Estados Unidos. Isso todo mundo sabe, o que poucos sabem é que por trás houve o uso do Big Data. Apoiada em uma estratégia de data mining, a campanha contou com um sistema único que cruzou os principais arquivos de eleitores democratas nos estados decisivos com informações coletadas em pesquisas de opinião, captação de recursos, funcionários de campo, bancos de dados de consumo, bem como de mídia social e contatos móveis. Essa grande base de dados, não só ajudou a apontar como encontrar os eleitores e obter a sua atenção, mas também permitiu prever quais tipos de pessoas seria persuadido por cada canal.

 

Saindo do mundo da política e indo para o dos negócios, o Big Data pode auxiliar da mesma forma, permitindo entender o comportamento dos clientes, segundo afirmaram os diretores de grandes players de TI. Em entrevistas exclusivas ao portal ClienteSA, além de explicarem o que há por trás desse novo conceito,  eles revelaram como ele pode melhorar a gestão do relacionamento. “O Big Data se trata de um conceito, que ganha cada vez mais relevância à medida que a sociedade se depara com um aumento sem precedentes no número de informações geradas a cada dia. A capacidade de lidar com ele está definindo novos padrões de gestão dos negócios”, destaca Kátia Vaskys, diretora de Smarter Analytics da IBM Brasil.

 

Isso porque o Big Data tem impulsionado a criação de tecnologias capazes de extrair o valor máximo dessa quantidade enorme de informações, a partir das interações dos clientes em qualquer canal de comunicação. “Pode-se dizer que até hoje as empresas acumulavam uma quantidade imensa de dados pouco utilizada devido à falta de ferramentas. Com as tecnologias de análise para Big Data já é possível transformar os dados em algo de valor para o negócio”, aponta Alexandre Paiva, diretor de canais e alianças da Nice.

 

As novas tecnologias para Big Data estão relacionadas à possibilidade de se executar atividades que antes se imaginava impossíveis, desde simples processos computacionais e relatórios complexos, até permitir a tomada de decisão baseada em fatos, utilizando inteligência analítica, segundo Gustavo Tamaki, gerente de vendas da Greenplum Brasil, divisão da EMC especializada em análise de dados. “Pode ser utilizado para dar mais poder ao CRM, por exemplo, permitindo às empresas conhecerem melhor seus clientes, provendo atendimento mais personalizado, endereçando melhor suas necessidades e oferecendo produtos que fazem sentido para eles”, revela. A gerente de produtos de customer intelligence do SAS, Fernanda Benhami, completa afirmando que o Big Data vêm para agilizar as análises de preferências dos consumidores. “Comom o uso de soluções que analisam montanhas de dados em segundos, os clientes se beneficiam por poder interagir com os clientes em tempo real, seja na oferta de novas soluções, na análise de campanhas de marketing ou na abordagem multicanal”, aponta.

 

DESAFIOS

Porém, na visão do especialista Leonardo Vieiralves Azevedo, há o problema de estabelecer, de forma automática, o relacionamento entre os dados e os clientes. “Como não estamos falando de um banco de dados como origem da informação, essas relações não são nem um pouco óbvias. Estabelecer essas relações manualmente é economicamente inviável. Essa parte segue sem solução”, comenta. Ele cita como exemplo uma empresa de telecomunicações da Espanha que utiliza Big Data para análise de “buzz on-line”, para entender como sua marca e seus produtos são afetados pelas opiniões. “No entanto, as opiniões não são associadas aos clientes, mas analisadas como um conjunto de vozes do público em geral”, esclarece.

 

Outro desafio é que não dá para saber de antemão qual informação está escondida no Big Data nem qual a melhor maneira de extraí-la, segundo Américo de Paula, diretor de consultoria de indústria da Teradata para América Latina. “Esse é parte do processo de descobrimento das informações relevantes dentro do universo de dados”, comenta. Mesmo assim, Américo reforça que o Big Data ajuda a elevar a experiência do cliente, não só no momento da compra, mas também para antecipar possíveis problemas sobre produtos e serviços ofertados, evitando que a imagem da empresa esteja sob risco, com impactos como reclamações em órgãos de defesa do consumidor ou mesmo através das redes sociais. “O sucesso das iniciativas de Big Data não está apenas no armazenamento deste grande volume de dados ou na velocidade de processamento, mas sim na visão estratégica obtida, que pode ser utilizada para gerar inteligência de negócios, o que traz enormes vantagens competitivas”, completa Fábio Elias, diretor de arquitetura de soluções de tecnologia da Oracle do Brasil.

 

 

E para você, o Big Data veio para ajudar na gestão de clientes? Dê a sua opinião na enquete do ClienteSA.

 

 

Confira as matérias do Especial Big Data do portal ClienteSA:

 


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A base para gestão de clientes
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Grande volume de informações exige uso de novas tecnologias para melhorar tomada de decisão

 

 


Até pouco tempo deixados de lados, dados começam a ganhar valor com surgimento do Big Data

 

 


Tecnologias de Big Data permitem ter um maior conhecimento das necessidades do cliente

 

 


O desafio de transformar dados em vantagem competitiva no relacionamento com os clientes

 

 


Ainda falta estabelecer uma forma automática de relacionar dados e clientes, opina especialista

 

 


Capacidade de analisar grande volume de informações está definindo novos padrões de gestão dos negócios

 

 

 

Leia mais sobre o assunto:


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