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Bom senso ou obrigação?

Quem não gosta de se sentir bem acolhido e aceito? Ter a sensação de que é importante e que merece um atendimento e serviço de qualidade? É um cuidado que todos gostam de ter e, por conta disso, prezam muito quando uma empresa oferece tais experiências. Não por menos, quando uma pessoa portadora de necessidade especial se depara com uma instituição acessível e preparada para atendê-la, a satisfação acaba sendo ainda maior. Isso ocorre, infelizmente, porque nem governo e nem empresas ainda estão totalmente preparados e adaptados a receberem esse tipo de público. O que não deixa de ser preocupante, pois, segundo dados do IBGE, o Brasil tem mais de 45 milhões de pessoas com algum tipo de deficiência. O que chega a corresponder cerca de 25% de toda população. “Se falarmos apenas em deficientes visuais, segundo estimativa do censo, há 6,5 milhões de pessoas”, adiciona Alberto Sampaio de Oliveira, diretor de relacionamento com o cliente da VoxAge. “Olhando para esse número, podemos imaginar a contingência que poderia ser beneficiada.”

E o executivo está certo, afinal, independente e sua condição física, o portador de deficiência como qualquer outra pessoa é um consumidor e tem o seu direito de conseguir adquirir aquilo que deseja. Além disso, tornar o ambiente da empresa acessível traz benefícios não apenas a um público específico, mas também a todos os consumidores que tiverem contato com ela. Conforme aponta Ana Paula Peguim, coordenadora de acessibilidade, “investir na acessibilidade beneficia a todos os clientes, sejam pessoas com deficiência, idosos, gestantes e mães/pais com crianças. O espaço se torna acessível e acolhedor para todos”.

Da mesma opinião, Dolores Affonso, diretora executiva da Affonso & Araujo Consultoria, explica que não é preciso possuir uma necessidade especial para usufruir da acessibilidade. Podendo, inclusive, proporcionar maior conforto, como por exemplo, as rampas de acesso para idosos ou grávidas, maior espaço de locomoção para todos, estabelecimentos que possuam cardápios ou preços com fontes maiores ajudam na leitura de todos, tendo problemas na vista ou não. “Um site com boa navegabilidade, fontes grandes, contraste não é bom só para a pessoa com deficiência, mas para qualquer pessoa que navegue pela internet”, acrescenta a diretora.

Aliás, em uma sociedade que possui pessoas cada vez mais conscientes de suas necessidades e as do próximo, bandeiras como da inclusão vem sendo mais e mais defendidas e cobradas. Sendo assim, os negócios que se preocuparem com o atendimento e locomoção de clientes deficientes acabam conquistando um maior reconhecimento pela sociedade como um todo. “De certa forma, é um diferencial competitivo, pois uma empresa adaptada à acessibilidade é uma empresa conectada com a nova era de ‘responsabilidade social'”, declara Douglas Luiz Maliska Pereira, proprietário da Douglas Pereira Coaching & Consultoria.

Até porque, como não são muitas empresas que oferecem esse tipo de serviço, quem possui acaba estando à frente e, inclusive, sendo indicada e reconhecida pelas pessoas. “E ainda, por falta de opção, o deficiente físico pode se tornar um cliente frequente e assíduo”, adiciona Oliveira. Com isso, a empresa conta com a vantagem de aumentar sua base de clientes e ainda de construir laços mais duradouros. Uma vez que qualquer consumidor irá perceber que ela se preocupa com o seu bem-estar, deseja atender suas necessidades e quer oferecer o melhor atendimento possível. “Hoje em dia os clientes têm uma sensação de que a empresa deveria cuidar deles, se importar, não apenas enxerga-los como grandes cifrões ambulantes. Quando uma empresa investe em acessibilidade, tacitamente passa uma imagem de que, ao preocupar-se com as necessidades de uma minoria, certamente se preocupará com as necessidades dos outros também”, explica Pereira.

O diretor executivo de estratégia de canais de varejo da Caixa, Ademir Losekann, conta que no caso do banco o investimento à acessibilidade vai além do diferencial competitivo. Está mais voltado no respeito às diferenças de toda a sociedade. “Possibilitar o acesso desse público, com autonomia, nas suas dependências e aos seus produtos e serviços é um objetivo permanente do banco”, conta. Assim, a Caixa tem investido na disponibilização de rampas de acesso, piso tátil, banheiros e mobiliários adaptados, caixa eletrônicos rebaixados e adaptados de acordo com as normas da ABNT, inclusive, com software de voz para deficientes visuais, capacitação de empregados em Libras. “Temos ainda emissão de cartões magnéticos com folheteria de boas-vindas e porta-cartão em Braille. Além de várias outras medidas que ofereçam autonomia às pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida.” 

E para você, O que deveria motivar uma empresa a investir em acessibilidade de deficientes? Participe da nossa enquete!

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