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Com dívidas, paulistano terá Natal apertado


Endividamento elevado e inadimplência em alta devem restringir o consumo e fazer com que os paulistanos optem por presentes mais em conta neste Natal. Dados da PEIC (Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor) da Fecomercio mostram que o percentual de consumidores com dívida chega a 61% do total em dezembro, sendo que 43% estão com as contas em atraso. O endividamento oscilou negativamente nove pontos percentuais, em relação ao mês anterior, e a inadimplência, ao contrário, subiu nove pontos no mesmo período. Este foi o segundo pior resultado do ano.

O presidente da Fecomercio, Abram Szajman, considera que o 13º poderá servir de alento aos consumidores, mas não resolverá o problema. “O 13º salário deverá ser em boa parte canalizado para o pagamento de dívidas, reduzindo as possibilidades de compra e o nível de consumo neste final de ano”, observa.

A situação é mais complicada entre os paulistanos que ganham até três salários mínimos. Os endividados somam 76%, dos quais 60% estão inadimplentes. Na faixa de três a dez salários mínimos, o nível de endividamento gira em torno de 70%, sendo que 39,5% estão com as contas em atraso. A situação é um pouco mais confortável entre os consumidores que ganham acima desta faixa de renda: o nível de endividamento é 36,8% e a inadimplência é de 20,6%.

A PEIC da Fecomercio mostra ainda que as mulheres estão mais endividadas que os homens, 62% contra 60,4%, e que a inadimplência é ligeiramente maior entre as pessoas com menos de 35 anos de idade: 43,3% contra 42%. O levantamento mostra, ainda, que os endividados estão com 32% da renda comprometida, um ponto a menos que no mês anterior, e que 52% confirmaram que o prazo de pagamento previsto das dívidas varia entre três meses e um ano.

Szajman considera provável que o aumento da renda do trabalhador, embora discreto, tenha impactado de maneira positiva no comprometimento da renda dos envidados, item que apresenta queda desde agosto. “Isto representa um alívio, não apenas para o consumidor, mas também para o comércio, pois ajuda a inadimplência a recuar”, completa.

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