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Consumidores questionam produtos sustentáveis em preço e qualidade 

Estudo da GfK Consumer aponta que 36% dos millennials se dizem frustrados em relação aos chamados produtos ecológicos 

Três em cada 10 brasileiros consideram que os produtos ecologicamente corretos “não funcionam tão bem” quanto às opções tradicionais. Esse número é um ponto percentual menor que em 2021, porém, ainda assim, considerado muito elevado de acordo com o estudo Green Gauge, elaborado pela GfK Consumer Life, segundo o qual os consumidores no País ainda esperam que os produtos sustentáveis atendam mais às expectativas básicas, como preço justo e funcionalidade.

Os dados também apontam que a apreensão sobre as mudanças climáticas permanece alta na população, com 82% dos brasileiros tratando do tema como um problema extremamente ou muito sério – um aumento de 2 pontos percentuais em relação a 2021. Porém, o número de pessoas que levam em conta a preservação ambiental ao fazer compras na maior parte das vezes, segue o mesmo patamar do ano passado, com apenas 22%. A geração Z é a que mais leva em conta o meio ambiente na hora de comprar: 18% ao todo/na maior parte do tempo contra a média do Brasil, que é de 16%.

Análise geracional

Essa percepção de que os produtos sustentáveis não funcionam como os convencionais varia de acordo com a idade. A proporção de pessoas da geração Z (15 a 24 anos) que concorda com esse sentimento manteve-se estável em 31% (2021-2022) e na X (43 a 57 anos) cresceu de 30% para 32% no mesmo período. Já os millennials (25 a 42 anos) continuam sendo os mais céticos sobre a eficácia dos produtos eco-friendly, com 36% respondendo que estes “não atenderam às expectativas sobre funcionamento/ performance”. ​​Além disso, mais da metade (52%) dos consumidores brasileiros acham que as alternativas ambientalmente corretas aos produtos do dia a dia são mais caros. Esse é mais um crescimento de percepção negativa sobre esses produtos (48% em 2021) e vale destacar que todas as gerações tiveram um aumento médio de 4 pontos porcentuais.

De acordo com Tim Kenyon, VP da GfK Consumer Life e diretor do programa de pesquisa Green Gauge, ainda que a população brasileira se preocupe muito com o meio ambiente, de modo geral, é preciso saber traduzir esse valor em ações práticas de consumo. “Para isso, as empresas não podem se descuidar de dois elementos-chave que constituem um produto e sua escolha: ter um preço acessível, justo e cumprir com sua funcionalidade. Simplesmente fazer uma boa ação não significa que as empresas consigam superar as necessidades básicas de preço e de eficácia nos produtos do dia a dia.”

Na avaliação do executivo, as crescentes barreiras de compra também sugerem que os profissionais do mercado precisam fazer um trabalho melhor de traduzir as preocupações ambientais e sociais em consumo de fato. “Os profissionais podem estar perdendo a oportunidade de fazer o bem e serem rentáveis ao mesmo tempo. Resolver essa equação deve ser uma prioridade máxima das empresas hoje”.

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