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Falta estrutura de prevenção de perdas


No varejo, vale a máxima “é melhor prevenir do que remediar”, especialmente no que diz respeito ao gerenciamento de perdas. E nada mais eficiente do que estruturar um departamento que cuide especialmente disso. Porém, cerca de 22% das lojas ainda não organizaram esta área na empresa. Isto é o que indica a 6ª Avaliação de Perdas no Varejo Brasileiro, realizada pelo Grupo de Prevenção de Perdas do Provar (Programa de Administração do Varejo) da FIA (Fundação Instituto de Administração), em parceria com a Canal Varejo – Consultoria: Mercado de Bens e Serviços.

Nesta avaliação, participaram 36 empresas varejistas dos setores supermercadista, eletro-eletrônicos, entre outros segmentos.Focada nas perdas ocorridas nos pontos de venda (PDV), a pesquisa considera os produtos que foram adquiridos pelo varejista, mas que não foram vendidos ao consumidor final, por terem sido danificados ou furtados.

Segundo os dados recém-apurados, 28% das perdas do varejo são causadas por furto interno, seguidas por quebra operacional, 25%. “Este resultado significativo registra o crescimento do percentual, ocorrido entre 2004 e 2005”, afirma o professor Claudio Felisoni, coordenador geral do Provar/FIA. “Em compensação, em função dos investimentos realizados pelo setor, houve uma redução dos percentuais referentes aos erros administrativos e fornecedores. Isto já pode ser considerado um avanço”, acrescenta o pesquisador.

Vale lembrar que, as fontes de perdas divergem em importância de acordo com o segmento. Por exemplo, para o varejo supermercadista, nesta última pesquisa, observou-se uma elevação do índice de perdas associado ao crescimento da perda com perecíveis. Os perecíveis responderam por 56,4% das perdas totais, sendo a quebra operacional a principal causa de perda. Já no geral, um dado impressionante é que 53% das perdas não são identificadas. “Atualmente, um dos principais desafios dos varejistas é a identificação das reais causas das perdas”, explica Claudio. “Somente com esta informação em mãos, será possível otimizar recursos humanos e financeiros na prevenção”, alerta o pesquisador. Comparando estes dados em relação ao período anterior, houve um aumento no índice das perdas identificadas, hoje, saltando de 42%, em 2004, para 47% em 2005.

A pesquisa revela também que a estimativa, e não o registro periódico, ainda é o método mais utilizado pela empresas para a definição dos percentuais das perdas. Com exceção da quebra operacional, que é passível de identificação no momento em que ocorre, as demais são definidas a partir de registros de ocorrências passadas e/ou dados empíricos. “Aqui está outro tema que merece atenção. O registro periódico e criterioso vai ajudar na implementação de medidas corretivas apropriadas. Baseadas em causas concretas”, aponta o professor. Por outro lado, na avaliação se destaca a crescente preocupação das empresas com o fator humano como aspecto crítico para a eficácia de qualquer programa de Prevenção de Perdas.

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