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Jorge Reis, CEO da Eventim

Inovação permanente na jornada de venda de ingressos on-line

CEO da Eventim expõe os avanços para aprimorar a experiência dos consumidores na aquisição de tíquetes pela internet

Uma das características que tornam o Brasil marcante no cenário global do entretenimento é sua capacidade de organizar grandes shows nacionais e internacionais, além de se capacitar para eventos de grande porte como Fórmula 1, Copa do Mundo e outros de mesmos calibres. Esse foi o fator que atraiu a chegada ao País, justamente ao vencer a concorrência para as Olimpíadas de 2016, da multinacional alemã Eventim, empresa avaliada em U$ 6 bilhões e presente em 22 países, atuando na promoção de eventos e venda de ingressos on-line. Ela se especializou em um mercado de alta complexidade, pois atua como uma bilheteria digital que, em poucos minutos, muitas vezes, têm de acionar dezenas de tecnologias integradas para, com segurança e eficácia, vender milhares ou milhões de ingressos. Compartilhando os desafios atuais e as perspectivas de sofisticação dessa atividade para amenizar a presença de cambistas e melhorar progressivamente a experiência de compra, Jorge Reis, CEO da Eventim, participou, hoje (03), da 788ª edição da Série Lives – Entrevista ClienteSA.

Depois de iniciar contando sua trajetória de pioneirismo nessa área, com a criação da Ingressos.com, em 2000, até chegar à multinacional alemã, Jorge foi instigado a falar das transformações demandadas pelos consumidores com o advento da tecnologia incorporada à atividade. Ele lembrou que a venda de ingressos pela internet não foi algo que partiu do público, mas sim de uma visão empreendedora, que chamou de óbvia, pois a comercialização dos tickets permanecia nos moldes antigos e, ao mesmo tempo, apontava para a venda por sites e aplicativos nos celulares. “Ou seja, criar uma demanda talvez seja mais disruptivo do que atender a uma nova necessidade que venha brotando naturalmente do próprio mercado.”

Nessa transição, o que o executivo considera mais relevante, foi o inesperado surgimento e sucesso das redes sociais, permitindo acompanhar a reação, positiva ou negativa, dos consumidores em tempo real. Esse fator, na sua visão, se configura em um caminho duplo. Ao mesmo tempo em que permite saber se o direcionamento dado às iniciativas da empresa está no rumo certo, um acompanhamento atento às informações que circulam entre os usuários possibilita conhecer as novidades que estão surgindo no mundo todo. “Por isso é muito importante estarmos atentos às demandas e dados que vêm do ambiente como um todo em torno do negócio.”

Depois de explorar um pouco mais o grau de transformação que houve no setor, Jorge falou dos benefícios trazidos pela transformação digital. Um avanço, até surpreendentemente, mas que não conseguiu ainda barrar, tem termos globais e principalmente nos grandes eventos, a ação dos cambistas. “Mesmo com o emprego de tecnologia que já nos permite personalizar o ticket, controle de CPFs, acompanhamento de IPs, etc., ainda não se consegue, em todos os locais do mundo, evitar 100% a ação desses atravessadores irregulares.” Segundo ele, o cambismo é mesmo o maior problema do setor, sendo mais grave o caso dos criminosos que vendem o mesmo ingresso para várias pessoas diferentes. Dessa forma, com ações do Ministério Público e do Procon, junto à Abrevin – Associação Brasileira de Empresas de Venda de Ingressos, estão sendo feitas campanhas de conscientização dos consumidores para só realizarem as compras nos sites oficiais dos eventos.

Na sequência, o CEO contou de que forma toda sua trajetória de empreendedorismo no setor levou a ser convidado a assumir a empresa alemã no País, representando um grande desafio, pois se deu logo após a pandemia, justamente quando explodiu a procura por eventos de grande porte. Além disso, tendo de “tropicalizar” o software utilizado pela Eventim nos demais 21 países onde opera. Afinal, o Brasil possui muitas características próprias. Somente o número de usuários do Instagram no País é maior que toda a população germânica, em meio aos vários outros aspectos de diferenças culturais. “De qualquer forma, é importante ter em solo brasileiro uma organização de U$ 6 bilhões, listada em Bolsa e que, na Europa, dedica-se também à realização de eventos, atua em vários segmentos, tanto que chegou ao País depois de ganhar a concorrência na venda de ingressos para as Olimpíadas de 2016. Por isso, a tendência é que cresça cada vez mais dentro das oportunidades que o Brasil oferece com seus grandes shows nacionais e internacionais.”

Na sua concepção, a bilheteria digital é o serviço mais complexo que existe dentro do universo do e-commerce por haver sempre um limite de oferta sem que se possa conhecer com exatidão o tamanho da demanda. Deu como exemplo a venda de ingressos para a apresentação da banda mexicana RBD, da novela “Rebeldes”, com uma fila de 800 mil pessoas interessadas, enquanto a oferta era de 50 mil lugares. O problema foi contornado com a realização de shows extras, mas essa disparidade dá uma ideia do quão complexa é a atividade. “Ou seja, trata-se de uma dinâmica perversa, pois quanto maior a demanda, maior a chance de haver mais pessoas insatisfeitas que satisfeitas.” Houve tempo, ainda, para Jorge detalhar o quanto de tecnologia de diferentes fornecedores é empregado no negócio para atender, com eficiência e segurança, em várias modalidades de meios e pagamentos, uma quantidade tão significativa de clientes em pouquíssimo tempo. Ele contou também a relação no lado B2B do negócio, ao lidar com promotores dos eventos e a relação destes com os empresários dos artistas, além de detalhar os perfis de consumidores para os diferentes tipos de eventos, questões de fidelização, entre outros temas.

O vídeo, na íntegra, está disponível em nosso canal no Youtube, o ClienteSA Play, junto com as outras 787 lives realizadas desde março de 2020. Aproveite para também se inscrever. A Série Lives – Entrevista ClienteSA voltará amanhã (04), trazendo Fabio Magalhães, superintende de CX do Banco Bmg, que falará da experiência no atendimento com hiperpersonalização; na quinta, será a vez de Rafael Cló, CEO e co-fundador da Azos; e, encerrando a semana, o Sextou tratará do tema  “Varejo: Transformação da experiência de consumo com novas tecnologias”, reunindo André Fonseca, co-fundador e CEO da Bornlogic, Fernando Farias, CEO da Gofind, Sheila Moura, diretora de varejo da Izio&Co, e Guga Schifino, diretor de novos negócios na Linx.

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