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Liderança inabalada



Para enfrentar a crise econômica, os conselhos de administração da América do Norte e da Europa estão se agarrando firmemente aos atuais CEOs, revela estudo da consultoria Booz & Company sobre o turnover desses executivos em 2008. O declínio nos índices de sucessão nessas duas regiões contrasta com o leve aumento de saídas de CEOs em termos globais.

 

A principal conclusão do estudo é que a recessão está levando muitos conselhos de administração a manter os líderes que eles já conhecem. As saídas de CEOs caíram 0,5 ponto percentual na América do Norte e 1,9 ponto percentual na Europa na comparação entre 2008 e 2007. Já em âmbito global, esse número subiu 0,6 ponto percentual. No Brasil, no entanto, a taxa média de turnover em 2008 cresceu 4,6 pontos percentuais em relação aos 5 anos anteriores. O estudo local complementa o global e cobre as 130 maiores empresas brasileiras com ações em bolsa, com receita líquida acima de R$ 500 milhões.

 

“Os conselhos estão evitando adicionar a instabilidade implícita nas trocas de comando à volatilidade e à complexidade do ambiente externo. Porém, embora escolham manter no cargo seus CEOs experientes, a tempestade econômica representa uma ampla oportunidade de testar sua liderança. As decisões dos CEOs estão sendo cada vez mais esmiuçadas, e temos a expectativa de que as taxas de turnover voltem a crescer no mundo todo quando os conselhos avaliarem a performance dos líderes ao final da crise”, afirma Paolo Pigorini, vice-presidente da Booz & Company no Brasil.

 

Em relação aos motivos para o turnover de CEOs em âmbito global, dos 361 eventos de sucessão entre as empresas pesquisadas, 50% foram planejados (aposentadoria, doença, mudanças já esperadas), 35% foram forçados (quando o conselho demite o CEO por baixa performance financeira, problemas éticos ou diferenças irreconciliáveis), e 15% foram causados por fusões & aquisições. No Brasil, a exemplo do estudo global, as sucessões planejadas representam a maior parte do turnover de CEOs nos últimos anos. Entre 2006 e 2008, 69% das saídas foram decorrentes de sucessões planejadas, 19% de demissões, e 12% de fusões & aquisições.

 

O estudo global da Booz & Company sobre os padrões na sucessão de CEOs examina o grau, a natureza e a distribuição geográfica das trocas de líderes entre as 2.500 maiores empresas do mundo com ações cotadas em bolsa. Neste ano, pela primeira vez, a pesquisa inclui informações sobre os CEOs que ingressaram nessas empresas, jogando luz sobre as carreiras dos executivos que conseguem chegar ao topo das organizações.

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