Consolidada no mercado pré-vestibular como alternativa de aprendizado on-line, a Descomplica transformou-se em numa plataforma digital que inclui o ensino superior, alcançando um universo de cinco milhões de estudantes. Dos 90 colaboradores e professores que a instituição possuía há apenas três anos, hoje são 1.200 profissionais exercendo as atividades em todo o país. Com um conceito de explorar as maiores e melhores possibilidades dos recursos virtuais para tornar atrativo o ensino, a edtech atrai aportes que já possibilitaram três aquisições, sendo a mais recente a da UniAmérica, centro universitário com 97% de nível de empregabilidade registrado. E procura manter a cultura embasada em valores cujo foco principal é o aluno, segundo assegurou, hoje (09), Daniel Pedrino, presidente da Faculdade Descomplica, ao participar da 323ª live da série de entrevistas dos portais ClienteSA e Callcenter.inf.
Antes de mergulhar na trajetória da plataforma, o executivo abordou um dos fatores de sucesso do sistema de ensino que já atende esse considerável universo de estudantes: não ter medo de tratá-los apenas como alunos, mas também como clientes. Para ele, de forma geral, se disseminou no país uma ideia de que o saber do professor ou da instituição está tão acima que os desobriga a prestar um bom serviço.
“No caso da Descomplica, desde sua criação, há nove anos, o propósito é atender bem os alunos cumprindo a missão de oferecer um ensino de qualidade. Com o surgimento do Youtube, o fundador da empresa, Marco Fisbhen, vislumbrou a possibilidade de oferecer cursos com um padrão digital de verdade e, assim, alcançar muito mais pessoas. Sob o lema que é mantido até hoje: aprender é para todos.”
Alcançando em 2017, segundo Daniel, a liderança de cursos preparatórios para vestibular, houve a decisão de avançar para o segmento do ensino superior – marcando sua entrada no grupo para presidir a faculdade – credenciando-se junto ao MEC três anos depois, “com a nota máxima”.
Com a Descomplica atuando agora nas duas vertentes, o presidente da Faculdade assegura ser muito mais viável conduzir o estudante até seus objetivos por meio de aulas atraentes, divertidas e profundas, tudo possibilitado pelo sistema digital. “Todos os recursos possíveis são empregados para conquistar a atenção do aluno de forma viva e natural.” Um dos sinais de que as metas estão sendo alcançadas é o crescimento exponencial, inclusive expressado pela quantidade de colaboradores e professores: dos 90 que existiam em 2017, hoje são 1.200 espalhados pelo país. Ele atribui isso ao sucesso do aprendizado de cada estudante. “Na Descomplica, se o jovem não está se saindo bem no estudo, a culpa não é dele, mas sim nossa. O digital permite que se criem meios de que esse progresso individual aconteça. Vamos até o último recurso que for necessário para que o aluno aprenda. Porque partimos desta verdade: qualquer pessoa tem capacidade de aprender.”
Como exemplo do êxito do conceito, Daniel cita que 90% dos alunos da Descomplica estão entre a metade dos que tiram nota acima da média no Enem, incluindo nesses números os jovens que obtêm acesso ao conteúdo dos cursos de forma gratuita. Pois a instituição, além de praticar preços baixos dentro do mercado, ela permite, muitas vezes, acesso livre à plataforma em alguns períodos. “Isso representa inclusão muito relevante, porque hoje já se sabe que o ensino superior, no país, tem a capacidade de aumentar em média seis vezes a renda per capita de uma família. Além de representar influência positiva às próximas gerações.”
Ao permitir esse amplo acesso, contando com aportes de recursos como startup de sucesso e já estando na terceira aquisição de concorrentes na expansão da edtech, o executivo foi indagado se esse percurso não dificultaria a construção de uma cultura de relacionamento de forma consolidada junto aos alunos-clientes. Ao responder, o presidente da Faculdade reconheceu o risco, mas explicou que, nesse movimento indispensável para encurtar o caminho de tornar uma instituição de ensino superior de grande amplitude, as incorporações são muito estudadas. No caso mais recente, por exemplo, que é o da compra da UniAmérica, trata-se de um centro universitário com um nível de 97% de empregabilidade. E isso faz parte dos quatro principais valores que norteiam o crescimento da empresa, detalhou: “estimular a mentalidade geral de cientistas, ou seja, testando sempre; pensar gigante, para causar alto impacto; foco permanente no aluno: e rentabilidade capaz de financiar nossa expansão”. Mencionou exemplos de como, de fato, todas as decisões têm que ser boas para o aluno, “única forma de solidificar e perenizar a cultura da instituição”.
Esmiuçando o modelo de negócio e seus desafios atrelados à questão do alcance da internet no país e os esforços de inclusão digital, Daniel afirmou que a Descomplica, na sua concepção, está demonstrando a viabilidade de um ensino virtual diferenciado. E isso com base em três pilares: buscar o melhor professor para cada área onde ele estiver e treiná-lo para o digital; tecnologia própria construindo uma plataforma eficaz; e inserção de entretenimento que torne o ensino algo também agradável. Ele garante também que, além da experiência digital acessível no ensino, o modelo da instituição está centrado também no diálogo com o mundo do trabalho. “O melhor conteúdo acadêmico, mas voltado ao que o mercado necessita.” E finalizou descrevendo os caminhos pelos quais a marca quer se caracterizar por um sistema de ensino que acompanha toda a jornada de estudo das pessoas, com envolvimento e transparência.
O vídeo com o bate-papo na íntegra está disponível em nosso canal no Youtube, o ClienteSA Play, junto com as outras 322 lives realizadas desde março de 2020. Aproveite para também para se inscrever. A série de entrevistas terá sequência amanhã (10), recebendo Cadu Lopes, CEO da Doctoralia, que falará da abordagem patient centricity com digital e automatização; na quarta, será a vez de Claudio da Fonseca Júnior, diretor de operações da R Brasil e Paulo Valente, diretor de negócios da Credsystem; na quinta, Roberta Becker, gerente de marketing da rede St Marche; e, o Sextou debaterá o novo caminho do live commerce, com as presenças de Amit Eisler, cofundador e head de e-commerce & customer experience da Zissou, Gabriel Reginatto, cofundador da Alive e Monique Lima, CEO da Mimo Live Sales.