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Eric Garmes, CEO da Paschoalotto

O autoatendimento e suas nuances

O futuro do atendimento vai envolver cada vez mais a integração de assistentes virtuais, IA conversacional e outras tecnologias emergentes que tornarão o processo ainda mais intuitivo e fluido

Autor: Eric Garmes

Vamos ser honestos: quem tem paciência hoje em dia para esperar em filas, ficar preso em chamadas telefônicas intermináveis ou depender de horários restritos para resolver problemas simples? A realidade é que o consumidor moderno não quer mais saber disso. Ele quer respostas rápidas, acessíveis e no seu tempo. 

De acordo com o relatório “Quantificação do impacto comercial do atendimento ao cliente no Brasil” da Zendesk em parceria com a Dimensional Research®, 96% dos consumidores entrevistados disseram que uma resposta rápida a um pedido inicial é importante para decidirem de qual empresa comprar e 86% dos entrevistados esperam que o atendimento ao cliente seja mais rápido agora do que era há cinco anos.

E é aí que entram as soluções de autoatendimento, que está transformando a experiência do cliente e mudando a forma como as empresas se relacionam com o público.

De totens de pagamento a chatbots e assistentes virtuais, o autoatendimento está se tornando parte integrante da nossa rotina, oferecendo algo que todos nós buscamos: autonomia. Esse movimento está remodelando as expectativas do consumidor e, como consequência, o próprio mercado.

Precisamos entender que estamos diante de um consumidor muito mais informado, exigente e, vamos admitir, um pouco impaciente. Ele quer resolver as coisas do jeito dele, sem esperar e sem precisar da ajuda de ninguém. O autoatendimento responde exatamente a essa necessidade: é rápido, prático e coloca o controle nas mãos do cliente.

Imagine aquela sensação de poder resolver tudo com alguns cliques no seu celular, na hora que você quiser. Mas não é só conveniência, é uma mudança completa na experiência do cliente. Se antes o atendimento era um diferencial, agora é uma obrigação e mais do que isso, é um ponto de partida para qualquer empresa.

Um ar de liberdade

Quem não gosta de resolver as coisas sozinho, sem depender de ninguém? O autoatendimento dá essa liberdade. De pagar uma conta no totem do banco a tirar dúvidas com um chatbot, o cliente faz tudo no seu tempo, do seu jeito. E isso gera uma sensação de controle que é, para muitos, inestimável.

Já para as empresas, o autoatendimento vai além de melhorar a experiência do cliente, ele também ajuda no orçamento. Com os colaboradores sem ter que lidar com tarefas repetitivas, sobra mais tempo e recursos para focar em áreas que realmente precisam de atenção humana. É um ganho de produtividade e economia que, no fim do dia, se traduz em resultados melhores.

Outro ponto alto é que ele não tem hora para funcionar. Seja de madrugada ou no meio de um feriado, o cliente consegue acessar serviços e resolver problemas. Essa disponibilidade constante não só reduz o tempo de espera, como aumenta a satisfação.

Além disso, soluções de autoatendimento, como os chatbots mais avançados, aprendem com cada interação. Isso significa que, com o tempo, o sistema consegue oferecer respostas cada vez mais alinhadas com o perfil de cada cliente, criando uma experiência quase personalizada. É como se a tecnologia estivesse sempre um passo à frente, entendendo e antecipando o que o cliente precisa.

Nem tudo são flores

Claro que o autoatendimento não é uma solução mágica para todos os problemas. Existem desafios que as empresas precisam encarar se quiserem tirar o máximo proveito dessa tecnologia. Por mais que seja eficiente, ainda há momentos em que um toque humano faz toda a diferença. Questões mais complexas, que envolvem um cuidado extra ou uma interpretação mais sensível, ainda precisam de uma pessoa do outro lado. Se uma empresa força o autoatendimento em todas as situações, pode acabar deixando o cliente frustrado. A escolha sempre é do cliente.

Além disso, nem todo mundo é nativo digital e tem facilidade com essas tecnologias. Por isso, é essencial que as empresas ofereçam tutoriais simples e acessíveis, garantindo que qualquer pessoa consiga usar as ferramentas de autoatendimento sem dor de cabeça. Afinal, a tecnologia tem que facilitar, não complicar.

É importante que as empresas garantam que suas plataformas de autoatendimento sejam seguras, protegendo os dados dos clientes contra fraudes e invasões. Falhar nisso pode custar muito caro — tanto em termos financeiros quanto de reputação.

E acredite ou não, nem todos os clientes estão prontos para adotar o autoatendimento. Há uma resistência, principalmente em setores onde o atendimento pessoal sempre foi a norma. Nesses casos, a empresa precisa saber equilibrar o tradicional com o moderno, mostrando ao cliente o valor dessa mudança sem impor nada.

Um equilíbrio entre máquina e humano

O futuro do atendimento vai envolver cada vez mais a integração de assistentes virtuais, IA conversacional e outras tecnologias emergentes que tornarão o processo ainda mais intuitivo e fluido. Mas o segredo para o sucesso está em nunca perder de vista que, no fim do dia, a satisfação do cliente é o que realmente importa. E isso passa tanto pela eficiência da máquina quanto pelo toque humano, quando necessário.

O que o cliente quer, acima de tudo, é sentir que tem o controle, que sua experiência é valorizada e que ele pode contar com a empresa em qualquer situação. Quem entender isso vai liderar essa nova era do atendimento, onde a conveniência não é mais um diferencial, mas uma exigência básica. Afinal, não estamos mais no tempo de filas e burocracias, estamos na era do “faça você mesmo”.

Eric Garmes é CEO da Paschoalotto.

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