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Quase futurologia?

Lidar com o mercado já é um processo desafiador para as empresas, preparar-se para o futuro, então, é ainda mais complicado, uma vez que é preciso contar com a incerteza, pensar nas possíveis mudanças que o mercado pode tomar – lembrando que ele vem mudando de maneira cada vez mais rápida e constante -, e procurar estar preparado para qualquer obstáculo que vir e surgir. Mas, apesar de assumir a figura de um bicho de sete cabeças para os negócios, as mudanças são essenciais e devem continuar a acontecer no futuro, principalmente, no ano que vem, como levantaram os líderes que participaram ontem (27), no XIII Encontro com Presidentes da ClienteSA.
Seja no primeiro painel, que tratou sobre as perspectivas político-econômicas para 2015, ou no segundo, que discutiu sobre a importância de inovar para crescer, os palestrantes e debatedores ressaltaram a essencialidade de haver transformações para o futuro, especialmente, se o intuito é fazer com que as empresas se desenvolvam, mantenham-se bem no mercado e, ainda, fazer com que o país cresça e atinja patamares maiores. “Estamos passando por um momento de reflexão, em que é importante levantar as questões que afligem nosso desenvolvimento. Não é criticar por criticar, mas apontar os caminhos”, destaca Miguel Ignatios, presidente da Fenadvb, moderador do primeiro debate do evento.
Na atual situação do país, com crescimento, mas, ao mesmo tempo, em crise econômica, é incerto dizer como será o ano que vem, o que traz preocupações. No entanto, já é possível ter algumas previsões com a nova equipe econômica do Governo. “Está difícil prever, mas há um vislumbre de melhoras. Resta saber quais outras medidas teremos. Felizmente, a presidente já começou a flexibilizar”, comenta o chairman da Chubb Seguros, Acácio Queiroz, em seu insight. 
Queiroz também afirmou que entre os maiores desafios, hoje, para a sociedade e empresas é causado pela conjuntura atual da política, unindo ao fato de que o Brasil saiu dividido da última eleição, seja na questão regional ou social, deixando, assim, para a presidente a missão de reorganizar a base nacional para conseguir governar. Em complemento a essa ideia, o deputado estadual Vitor Sapienza afirmou que se o país se encontra nessa situação, a culpa é de todos. “De certa forma, somos os culpados pelo que aconteceu no País, pois não houve oposição, seja por comodismo ou medo.” Um caminho, segundo ele, é termos coragem para encarar os problemas e apontar aquilo que está sendo feito de errado. 
Porém, nem todos estão pessimistas com o atual cenário brasileiro. Managing partner da Maksen, Sergio do Monte Lee acredita que o Brasil tem potencial para enfrentar esta fase ruim e não vê que a crise pela qual estamos passando seja pior que a da Europa, pelo contrário. “Estou menos pessimista. O que vejo é um Brasil ainda forte, com muitas oportunidades de negócio”. Já Lucas Mancini, presidente da VoxLine, vê que 2015 será um ano chave para o futuro: “o começo do próximo ano será decisivo para saber o que vai acontecer com o Brasil nos próximos quatro anos”.

HOSTIL, MAS POSSÍVEL
Outra mudança que se faz necessária para a melhoria no mercado nacional é a maior possibilidade de empreendedorismo. Porém, com o problema econômico atual e à falta de uma cultura de incentivo, torna-se difícil para as empresas conseguirem inovar. “Todos nós que somos investidores sabemos que o maior problema é que o Brasil tem os maiores obstáculos para empreender, o que torna difícil investir”, conta Rodrigo Loures, presidente da Nutrimental e da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), que palestrou no segundo painel. Restando assim um cenário difícil para os negócios conseguirem um espaço ao sol. “Inovar é duro. Há um cenário hostil para quem está procurando coisas novas e investimento”, afirma Paulo Veras, presidente do 99Táxis. Mas, apesar dos pesares não é impossível. Com o aplicativo há dois anos no mercado, Veras conta que mesmo com o desafio de convencer os taxistas a aderirem ao serviço, a empresa, hoje, já está presente em 80% da frota de São Paulo, contabilizando um milhão de corrida ao mês e um lucro de R$ 30 a 40 milhões.
Aliás, resiliência também foi uma vantagem da Netshoes, que teve de lidar com a desconfiança dos consumidores pela compra de tênis via internet, uma vez que não é possível experimentar o produto. “Nos primeiros três meses da empresa só tivemos uma compra”, lembra o presidente Marcio Kumruian. “Acompanhamos a evolução da Internet. Ela proporcionou um ambiente democrático, onde todos têm o mesmo acesso”. Quem esteve desde o começo do meio virtual foi o MercadoLivre, que surgiu em uma época em que apenas 0,5% da sociedade brasileira tinha acesso à internet. “Hoje, somos uma das 10 URLs mais visitadas no país”, afirma Helisson Lemos, presidente do site. 

OS MAIS MAIS DO ELOGIO
Após os painéis de discussão, aconteceu o almoço de premiação, que reconheceu aquelas empresas que mais foram elogiadas no país, de acordo com a opinião e avaliação do humor do cliente. A grande vencedora do Prêmio ElogieAki, que está na sua segunda edição, foi a Netshoes. Em segundo lugar ficou o Grupo Inep e, em terceiro, a Uptime. Além disso, Netshoes e o Grupo Inep também foram premiadas com os profissionais mais elogiados. Já as empresas reconhecidas por categoria foram: Magazine Luiza, em “lojas e redes de departamento”; Rekinte Interiores, “móveis e decoração”; C&C, “Home center”; Sodexo, “Prestador de serviço”; EF Englishtown, “Cursos de idiomas – online”; Sykes do Brasil, “Call center”; e Mapfre Seguros, “Seguro – Produtos e serviços”.

E para você, quais são os principais desafios para as empresas nos próximos anos? Participe da nossa enquete!

Confira as matérias da cobertura do XIII Encontro com Presidentes:
Em cenário de incertezas, Governo deve avançar nas mudanças para retomada do crescimento
Mais do que críticas, presidentes apontam os caminhos para que Brasil volte a crescer
Para que País consiga um maior desenvolvimento, é preciso investir nas empresas jovens
Essencial para os negócios, processo não é fácil, com muitos obstáculos pelo quais é preciso passar
Empresas mais elogiadas do Brasil são reconhecidas no 2º Prêmio ElogieAki

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