Estudo da KPMG indica quatro macrotendências globais diante dos novos hábitos dos consumidores
Levantamento realizado pela KPMG aponta quatro macrotendências globais, com oito tendências regionais, que deverão impactar o setor de consumo e varejo na América do Sul nos próximos anos. De acordo com a pesquisa, os varejistas devem ficar atentos aos novos ecossistemas e modelos de negócios, ao novo custo operacional, à jornada para construção da confiança a partir de um propósito e à experiência do consumidor como prioridade, sempre com o cliente no centro. A publicação ainda aborda reflexões sobre o impacto local de tais mudanças e elenca casos bem-sucedidos na adaptação a essa nova realidade.
Conforme o estudo “Tendências 2022 para o setor de Consumo e Varejo na América do Sul”, a renovação de práticas e modelos de negócios, ocorridas a partir da pandemia, transformaram as relações entre clientes e empresas de maneira definitiva. Além disso, os novos costumes e padrões de comportamento social deverão continuar impactando diretamente varejistas em todo o mundo, especialmente em países sul-americanos.
“Apesar das previsões positivas, os varejistas encontram um desafio importante neste novo cenário. As mudanças nos formatos de trabalho, nos perfis de compra e o reequilíbrio da relação do consumidor com as empresas demandam canais de atendimento mais rápidos, novos formatos de pontos de venda, transparência e muita atenção aos critérios sociais, ambientais e de governança”, resumiu Fernando Gambôa, sócio-líder de consumo e varejo da KPMG no Brasil e na América do Sul.
De acordo com a publicação, a agenda ESG servirá cada vez mais como balizador para as estratégias de mercado das companhias. Dessa forma, aponta a pesquisa, ações relacionadas a direitos, equidade, diversidade, políticas de gênero e remuneração, por exemplo, serão decisivas para os investimentos, a contratação de profissionais, a definição do propósito corporativo e a escolha dos consumidores.
“É importante destacar que todas as decisões e estratégias deverão manter como prioridade o foco no cliente. Colocar o consumidor no centro é, antes de tudo, entender como as preferências individuais evoluem e definir um propósito empresarial alinhado com esse novo cenário. Para atender a tais necessidades, espera-se flexibilidade, inovação, rapidez e a sábia utilização de tecnologias emergentes, sempre respeitando a privacidade dos clientes e os conceitos ESG”, analisou Gambôa.