
“Ao projetarmos um crescimento entre 6% e 8%, fomos conservadores em razão do momento vivido pelo país no último trimestre de 2008. Contudo, o consumidor brasileiro, estimulado e tendo analisado os vários mecanismos disponíveis para uma compra parcelada, buscou o sistema de consórcio, constatando que, mais que a aquisição de um bem ou serviço, estava a possível economia e a formação de um patrimônio pessoal ou familiar”, explica Paulo Roberto Rossi, presidente executivo da Abac.
O número de participantes ativos, incluindo veículos leves, veículos pesados, imóveis, eletroeletrônicos e serviços superou 3,80 milhões (recorde desde 2000), em dezembro de 2009, 4,7% a mais que os 3,63 milhões registrados no mesmo mês de 2008. Os ativos administrados do sistema de consórcios superaram R$ 79 bilhões, em 2009 (estimativa), 46,3% maior que o registrado em 2006. Somente os recebíveis cresceram 44,7 % em quatro anos. Saltaram de R$ 47 bilhões (2006) para R$ 68 bilhões (estimativa para 2009). As disponibilidades também apresentaram alta no mesmo período, 57,1%. Somavam R$ 7 bilhões em 2006 e estão estimados em R$ 11 bilhões, para o ano passado.
A retomada econômica, esperada para este ano, coloca o sistema de consórcios no cenário brasileiro como mecanismo para a consolidação dos diversos segmentos como a indústria, o comércio e a prestação de serviços. “A migração que vem ocorrendo entre as classes sociais, como a D transferindo-se para C e a C indo para B, numa expectativa de ampliar a qualidade de vida, permite projetarmos um crescimento nos consórcios. Por isso, para 2010 estimamos um aumento de 10% nas vendas de novas cotas, percentual duas vezes maior que o índice divulgado pelo governo para o PIB”, sinaliza o presidente executivo da ABAC.