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Para fechar as contas

Entre as famílias com dívidas, a proporção de endividadas no cartão de crédito em julho foi de 70,4%, alta de 1,2 ponto percentual na comparação com julho de 2014, segundo pesquisa de endividamento e inadimplência (PEIC), realizada pela FecomercioSP. Além disso, também foi verificado que a proporção de famílias com dívida no cartão de crédito era maior (71,7%) entre as classes mais baixas – com renda mensal de até 10 salários mínimos. São elas que estão sofrendo mais com a alta dos preços de bens essenciais (energia elétrica e alimentos, principalmente) e dos juros. E é nesse momento que muitos acabam buscando o crédito rotativo: para fechar o orçamento da casa.
Entretanto, apesar do desespero para não ficar inadimplente de um lado, a alternativa do rotativo pode se tornar onerosa tanto para o consumidor quanto para a concessionária do crédito. “O rotativo do cartão de crédito se tornou uma opção mais cara especialmente para os tomadores de crédito. Segundo os últimos dados do Banco Central, a taxa de juros média cobrada pela modalidade atingiu a marca de assustadores 372% ao ano em junho, ante 308,3% no mesmo mês do ano passado. A alta, de 63,7 pontos percentuais, só perdeu para o aumento de 69,6 pontos percentuais observado no cheque especial”, apresenta Vitor França, assessor econômico da FecomercioSP.
Assim, com uma má contratação do rotativo, as dívidas podem se tornar um bola de neve, prejudicando ainda mais a saúde financeira das famílias, especialmente nesse período de incertezas e crises. Mas com o aumento da Selic e o risco de inadimplência das mais diversas carteiras, muitas instituições financeiras estão aumentando as taxas na tentativa de manter sua margem de lucro. Portanto, o próximo cenário que se desenha para o setor não é muito otimista, exceto para o rotativo. “Por causa da alta dos juros e da dificuldade financeira enfrentada pelas famílias, essa tendência deve prevalecer até o final do ano, com a carteira de rotativo como uma das poucos a registrar expansão acima da inflação”, finaliza França.

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