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Sensação de bolso cheio

Ainda que, diante da crise, algumas carteiras de crédito não estejam indo tão bem, a parte de consignados tem o que comemorar graças ao sucesso com o público da terceira idade. Não que eles sejam os únicos que buscam essa modalidade, mas são uma parcela importante dentre os que contratam esse crédito. Observando isso, foi feita a Medida Provisória 681/15, em vigor desde 13 de julho desse ano, aprovando mudanças para a lei que define regras para o empréstimo consignado. A consultora de risco da GoOn Risk, Camilla Pires, explica que, agora, maior parte da renda pode ser comprometida com as parcelas, que podem ser pagas  em até seis anos, mas que isso também cria a ilusão de que se terá mais dinheiro – algo arriscado para o momento atual.
No entanto, não há apenas oportunidades, mas também desafios na concessão de crédito para esse público. Apesar da aposentadoria não oferecer riscos quanto ao desemprego, não significa que os idosos não ofereçam risco de inadimplência. Principalmente porque muitos voltaram a ocupar o papel de provedor do lar. “No cenário atual no qual as contas básicas como luz e água aumentaram, é necessário mais dinheiro para pagar as contas dos serviços básicos, gerando um maior comprometimento de renda por parte de toda a população, podendo comprometer diretamente sua capacidade de pagamento para outras dívidas”, pontua Camilla.
Com isso, fica claro que ainda existem alguns riscos para o setor ao conceder crédito para a terceira idade. Portanto, deve ser observado que quando alguém se aposenta, existe uma diminuição da renda real da pessoa que vai se acentuando conforme o tempo passa. Assim, o idoso fica mais tentado a contrair empréstimos, tanto para necessidades – como plano de saúde e remédios – quanto para produtos e serviços. Além disso, muitos emprestam seu nome para terceiros, geralmente familiares, e acabam ficando inadimplentes, explica Camilla. Portanto, apesar de ser uma oportunidade investir, é preciso ficar atento ao momento.

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