Está ligado no futuro?



Recentemente, participei de uma palestra no WTC-SP chamada “Se liga!”, proferida por Beia Carvalho. O mote foi como enfrentar os desafios de vivermos em plena quinta era tecnológica, ou a quinta onda, como preferem outros, com os pés (e a cabeça) presos na terceira e até na segunda era tecnológica.



No Brasil de 2013, por exemplo, parte da sociedade está de olhos voltados para a conferência Global Future 2045, que será realizada em junho no Lincoln Center, Nova York, e vai discutir, entre outros temas, como usar a tecnologia para transferir nossa consciência para robôs, ou avatares, e assim atingir a imortalidade. Outra parte ainda sequer tem luz elétrica e vive em condições similares à Idade da Pedra. Mas mesmo a parte “civilizada” poderia tranquilamente enviar a famosa mensagem, “Houston, estamos com problemas”. A explicação é até simples (mas não a solução): as novas gerações estão sendo instruídas como nós fomos, nossos pais, antes de nós, e nossos avós e os tatataravós.



As relações de trabalho evoluíram. Ou, ao menos, mudaram. O capitalismo passou a um modelo mais “flexível”, no qual muito mais gente trabalha como autônomo, remotamente, segundo os próprios horários – e, no entanto, continuamos a educar privilegiando o verbo obedecer. Mas obedecer a quem e como? O verbo atual deveria ser engajar, não é verdade?



Outro desafio é o da longevidade. Estamos vivendo cada vez mais. E já se fala nas necessidades, aspirações e desejos de uma “quarta idade”. Você sabia que existem 117 mil pessoas com mais de cem anos no Brasil? O que vai fazer com essa informação, ficar deprimido e preocupado com o déficit da previdência, ou animado e em busca de desenvolver novos negócios?



Oportunidades é o que não falta. Que tal agências de viagens especializadas nesse público? Eles têm tempo, dinheiro e necessidades específicas de deslocamento. E uma linha de alimentação gourmet que atenda o paladar, mas não comprometa a saúde de diabéticos, hipertensos? Moda, aconselhamento on-line, até mesmo robôs-acompanhantes, o céu é o limite, quando se trata desse público.



E há outros desafios. Muitos. Em todos os campos. Esperando por viabilidades. Cabe a nós desenvolvê-las.



Até a próxima.

Fernando L. G. Guimarães é especialista em marketing de relacionamento, marketing direto e marketing digital. Atualmente dirige a MeuABC, uma tech startup. E-mail: [email protected]

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