Em tempos de redes sociais, smartphones e comunicação instantânea, as empresas têm enfrentado desafios, pois precisam entender as mudanças na forma de se comunicar rapidamente. Mais do que isso, precisam se adequar a este novo mundo onde tudo é online para manter a atratividade e continuar vendendo para os novos consumidores.Esse cliente é aberto à experimentação e, até por isso, não se fideliza facilmente às empresas. Engajado, conectado, exigente, apresenta comportamento diverso dos consumidores das gerações passadas. Mais do que checar o produto versus preço, ele quer saber a procedência das matérias-primas, as técnicas empregadas na fabricação, as iniciativas ambientais das empresas, o envolvimento com a comunidade, entre outras peculiaridades. Conectados o tempo todo, fazem parte da geração Y, nascidos entre 1980 e 1990, e muitos já se enquadram na Z, daqueles nascidos a partir de 1990. Por isso, colhem informações dos produtos antes de comprar, compartilham suas experiências em múltiplas plataformas e, ao se comunicar com as empresas, demandam respostas quase que instantâneas.
Diante deste cenário, inovar se tornou um dos principais desafios. A área vem ganhando mais importância com o novo perfil de clientes exigindo novidades frequentes. E a inovação não deve ser focada apenas em produtos e tecnologias. Inovar também significa quebrar paradigmas, mudar a forma de se comunicar, tornar-se mais sustentável.
Entender esse novo mundo que se desenha é fundamental para a sobrevivência das empresas, que têm, com isso, a oportunidade única de aproveitar o cenário e usá-lo a favor. Como os consumidores estão sempre plugados, há grande quantidade de informações disponíveis na rede, tornando mais acessível a tarefa de mapear seus desejos, descobrir o que não gostam e oferecer produtos e serviços diferenciados, verdadeiramente sob medida.
Nesse cenário desafiador, o futuro mostra que vão se destacar as empresas que encararem as mudanças de forma positiva e como oportunidade de se tornarem melhores e mais arrojadas que os concorrentes. Afinal, como bem definiu o ex-presidente americano Harry Truman, “o pessimista é aquele que transforma as oportunidades em dificuldades; o otimista é aquele que transforma as dificuldades em oportunidades”.
Que venha este novo consumidor!
Acacio Queiroz é chairman da Chubb do Brasil. Formado em Economia, pós-graduado em Finanças e com especialização em Business nos Estados Unidos, possui certificação no Programa de Desenvolvimento de Conselheiros pela Fundação Dom Cabral, bem como é Conselheiro de Administração Certificado pelo IBGC – Instituto Brasileiro de Governança Corporativa.
