Pessoas, nosso patrimônio!



No filme “Tróia”, quando o exército grego chega à frente das muralhas de Tróia, fortemente protegida, qual era o objetivo? Invadir e dominar a cidade. Qual estratégia utilizada para atingir esse objetivo?

A primeira foi um ataque frontal: mandar todos os soldados de infantaria, suportados pelos arqueiros e por outros responsáveis por colocar as escadas nas muralhas. Todo líder que quer dominar um local protegido, sabe que muitos dos seus homens perderão a vida na tentativa e que a única chance de conseguir vencer é ter três vezes mais homens que o inimigo. Na prática precisamos ter três homens fora para acertar um dentro. (Marketing de Guerra, de Al Ries & Jack Trout). Em Tróia, foram muitas perdas humanas, mas o objetivo não foi alcançado. Podemos fazer uma analogia com os dias atuais. Se uma empresa vai lançar um produto contra o líder de mercado, precisa de pelo menos três vezes mais recursos. Tire a dúvida perguntando para a “turma de propaganda e promoção” qual seria a necessidade em número de inserções de TV ou rádio que sua empresa deveria adotar. Caso seja o líder, pergunte qual deveria ser o número mínimo que deveria adotar para não perder a liderança.

Voltando para Tróia, após o fracasso, o que fez o exército grego para atingir o objetivo? A estratégia foi atacar a cidade pelo seu ponto fraco, colocando todo o poderio sobre um único ponto e com isto entrar na muralha. Não vou discutir se o ponto fraco foi orgulho ou idiotice, mas o fato é que o famoso Cavalo de Tróia permitiu ao exército invasor entrar na muralha e invadir o que antes era intransponível. O que aconteceria se o exército invasor continuasse com a estratégia de ataque frontal? Fracasso! Mesmo em maior número, seriam derrotados e o objetivo de tomar Tróia teria ficado para outra batalha.

Agora, pensando na sua empresa: Qual ou quais os seus objetivos e estratégias de curto, médio e longo prazo? Lembre-se que sem isso, a chance de sucesso é limitada. Não adianta ir para o Vendor Managed Inventory ou qualquer outra iniciativa. Volte para sua empresa e procure aonde querem chegar e como farão isso.

Quase sempre o objetivo principal é ter receitas maiores com custos menores. Essa meta depende de quão eficiente você é nas estratégias adotadas e nas pessoas que as fazem acontecer. Você não leu errado. Eu escrevi e ratifico, pessoas. Sua empresa pode ter a melhor estratégia do mercado, pode ter recursos sólidos, tecnologia de última geração, mas se não tiver pessoas qualificadas e comprometidas não vai durar muito tempo e “abrirá o bico”.

Neste momento peço que pare de ler um pouco e reflita:

1. Como estou tratando este patrimônio em minha empresa?

2. Meus funcionários estão comprometidos com o sucesso da empresa? Caso não estejam, por quê?

3. Tenho constantemente investido na preparação das pessoas? Capacitação e treinamento são classificados como custos?

4. Meu RH é pró-ativo ou reativo?

Se após esta reflexão, você concluir que está muito longe, comece a trabalhar neste ponto antes de qualquer nova iniciativa. Ou não se esqueça de, quando estiver identificando os fatores críticos de sucesso para seus projetos, colocar esse detalhe na avaliação de riscos.

Marcos Fabio Mazza, gerente de projetos de integração Supply & Business na Syngenta.
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