Ao unir a automação do ponto de venda com relatórios inteligentes, o varejista consegue identificar oportunidades e até prever rupturas de estoque durante o pico das vendas
Autor: Rafael Hasson
A Black Friday virou muito mais do que um dia de grandes promoções, é uma verdadeira maratona de compras, tanto nas lojas físicas quanto online. A cada ano, o consumidor se torna mais exigente e conectado, e, nesse cenário, a tecnologia deixou de ser apenas um suporte: ela passou a ser o diferencial que ajuda o varejista a vender mais e, principalmente, a vender melhor.
Segundo dados da Neotrust, o e-commerce brasileiro movimentou mais de R$ 9 bilhões durante a Black Friday de 2024, com projeção de crescimento de 14% para este ano. Mas o destaque vai também para o varejo físico: com o retorno do consumidor às lojas, cresce a busca por experiências mais ágeis, autônomas e sem filas e é aí que entram as soluções de autoatendimento.
Autoatendimento: conveniência que impulsiona resultados
Longe de ser apenas uma tendência tecnológica, o autoatendimento se tornou uma estratégia de vendas comprovada. Pesquisas do setor apontam que estabelecimentos que adotam essa modalidade registram aumento médio de 30% no ticket médio, especialmente durante picos de movimento como a Black Friday.
O motivo é simples: o consumidor tende a explorar mais produtos, aproveitar promoções complementares e comprar por impulso quando tem liberdade e praticidade no processo de compra.
Além disso, o autoatendimento ajuda a reduzir filas em até 40% e diminuir o tempo médio de atendimento em 30%, aumentando a rotatividade de clientes e otimizando a operação de ponta a ponta.
O aumento do ticket médio acontece por uma combinação de fatores comportamentais e tecnológicos que, juntos, estimulam o consumo adicional e aumentam o valor de cada transação. Veja como:
- Mais tempo e autonomia para o consumidor:
Sem a pressão de uma fila ou a necessidade de um atendente, o cliente navega com calma pelas opções, explora categorias e acaba descobrindo produtos que talvez não procurasse inicialmente. - Sugestões automáticas de compra:
Totens e sistemas de autoatendimento podem exibir recomendações inteligentes de produtos complementares, por exemplo, um molho para acompanhar o prato principal, ou um acessório para o item escolhido. Essa venda cruzada (“cross-sell”) aumenta significativamente o valor final da compra. - Ofertas personalizadas e combos dinâmicos:
O sistema pode identificar preferências do consumidor ou produtos em promoção e sugerir combos com melhor custo-benefício, incentivando o cliente a levar mais itens. - Experiência fluida e sem atritos:
Quando o processo de compra é rápido, intuitivo e agradável, o consumidor se sente mais satisfeito e propenso a gastar mais. Estudos mostram que clientes com experiências positivas tendem a aumentar o gasto médio em até 30%. - Disponibilidade constante:
Diferente do atendimento humano, o autoatendimento funciona sem pausas, o que mantém o fluxo de vendas constante, reduz gargalos e aproveita o pico de demanda, especialmente durante eventos como a Black Friday.
A nova jornada de compra
Imagine o cenário: o cliente chega à loja em plena sexta-feira de promoções, encontra totens interativos e realiza a compra em poucos cliques. O sistema sugere produtos complementares, apresenta combos e ainda permite pagamento direto, sem filas.
Essa autonomia transforma a experiência e amplia o valor médio gasto por consumidor, e é exatamente isso que o varejista busca em uma data de alta demanda.
O autoatendimento permite que o varejista ofereça autonomia ao cliente sem perder o controle da operação. Com dados em tempo real, o gestor consegue identificar rapidamente os produtos mais vendidos e ajustar promoções ainda mais personalizadas durante a Black Friday.
Por trás da experiência fluida do consumidor, há um desafio operacional intenso. A Black Friday exige controle absoluto sobre estoque, precificação e fluxo de caixa, e isso só é possível com o suporte de sistemas de gestão integrados.
Plataformas modernas, como a Cplug, de gestão e ponto de venda, permitem que o gestor acompanhe as vendas em tempo real, automatize promoções e tome decisões rápidas baseadas em dados concretos.
Ao unir a automação do ponto de venda com relatórios inteligentes, o varejista consegue identificar oportunidades de aumento de ticket médio e até prever rupturas de estoque durante o pico das vendas.
Mais do que uma estratégia de curto prazo, o autoatendimento faz parte de um movimento de transformação digital no varejo. A previsão é que, até 2026, um em cada três pontos de venda no Brasil conte com algum tipo de tecnologia de atendimento automatizado.
Além do ganho de eficiência, essas soluções trazem dados valiosos sobre o comportamento do consumidor, permitindo personalizar ofertas e campanhas com muito mais precisão.
Rafael Hasson é fundador da ConnectPlug.





















