IA: aliada do RH na transformação digital

Autor: Juliane Yamaoka
Pesquisa mundial da Deloitte intitulada “High Impact HR” (ou “Alto Impacto do RH”), divulgada em setembro, aponta que as novas tecnologias implantadas no local de trabalho e a mudança das expectativas da força de trabalho criam oportunidades inéditas para as empresas transformarem a maneira como o RH interage com as pessoas e, consequentemente, a maneira como as pessoas interagem entre si.
 
A pesquisa tem tudo a ver com o atual cenário do mercado de trabalho brasileiro, pois menciona o fato de estarmos em uma época de transformação digital, com uso da tecnologia nas empresas para melhorar o desempenho dos funcionários, algo que é inegável e irreversível por aqui. Estes, por sua vez, já são “super conectados” com a internet mesmo fora do ambiente de trabalho, fazendo uso pessoal de redes sociais, aplicativos e outras formas de interação social “conectada”.
 
Por esse motivo, os líderes de RH vêm dando valor a uma palavra que ganhou muita força no Brasil desde o ano passado: empoderamento. Na verdade, esse empoderamento nada mais é que o crescimento da influência dos profissionais para aperfeiçoar o nível de satisfação deles perantes os seus empregadores.
 
Ou seja, a relação entre tecnologia e RH nunca esteve tão evidente quando o assunto é engajamento dos profissionais com as empresas. Afinal de contas, se acontece o movimento contrário, o desengajamento (ou descomprometimento) dos profissionais seguido de demissão, a consequência não se limita à necessidade de substituição no quadro de funcionários. As consequências podem ser bem piores para a empresa no ambiente digital, tais como disseminação de informações negativas (assinadas ou anônimas) sobre a empresa em sites e redes sociais, violação e publicação de dados corporativos comprometedores como forma de “vingança” do funcionário recém-desligado ou, até mesmo, processo jurídico com base em dados digitais utilizados como prova de acusação.
 
É claro que, se isso acontecer, a reputação da empresa é gravemente atingida. Para evitar esse problema, a transformação digital nos aponta a Inteligência Artificial (IA) como um recurso tecnológico estratégico, pois é utilizada para a capacitação profissional e para a avaliação em “tempo real” de competências e desempenho, tornando os benefícios perceptíveis de forma bem mais rápida do que por meio de avaliação feita “manualmente”.
 
Mais do que isso, IA não leva apenas ao aperfeiçoamento técnico e estrutural da empresa, mas leva a um aperfeiçoamento muito mais importante e próspero: o ganho de competitividade dos negócios. Esse ganho é possível a partir do momento que a empresa passa a ter feedbacks mais positivos dos funcionários, com maior facilidade de alinhamento entre as equipes de trabalho para redução do “turnover” (rotatividade) e do risco operacional. Por fim, aumenta a produtividade dos funcionários e da empresa como um todo.
 
Essas são as provas de que utilizar a tecnologia para tornar o ambiente de trabalho mais satisfatório certamente vai deixar o empregador mais satisfeito com os resultados alcançados, pois os funcionários vão estar mais empenhados, dedicados e motivados para “vestirem a camisa da empresa” e “darem o máximo de si” para atingir o nível de desempenho empresarial mais próximo possível do perfeccionismo.
Juliane Yamaoka é gerente da Efix.

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