A adoção do Big Data

Autor: Marcos Pichatelli
A adoção de soluções de Big Data não é exatamente uma novidade no Brasil. É fato que um volume de empresas cada vez maior enxerga o enorme potencial dessa tecnologia e opta por implementá-la para aprimorar processos, expandir negócios, ou até mesmo imprimir novos ritmos em suas operações. 
Embora mudanças processuais sejam previstas com a adoção dessa plataforma, transformações organizacionais, até então inesperadas, também estão surgindo. E junto com elas chegam as dúvidas e a necessidade de novos posicionamentos. 
Um dos desafios mais emblemáticos, impulsionado pela adoção do Big Data, é o embate entre as áreas de TI e Negócios. Esses profissionais vivenciam discussões diárias, que vão desde a melhor tecnologia a ser adquirida até a discordância a respeito de quem tem o domínio sobre os imensos volumes de dados das empresas. 
Apesar de não existir uma única receita para o uso estratégico do Big Data, é impossível responder a questão sobre a propriedade de dados – e a impossibilidade parte de um princípio simples: dados, estruturados ou não, são ativos de toda uma companhia e não apenas informação privilegiada de um determinado setor ou colaborador. 
Seria difícil, para não dizer improvável, que essa conclusão fosse diferente, já que o Big Data oferece aos profissionais a oportunidade de tornarem-se usuários self-service. Isso significa garantir a um funcionário da empresa a liberdade de criar análises a qualquer momento e a partir de suas necessidades. Não há mais motivos para longas esperas ou processos burocráticos; as respostas estão em poucos cliques e à distância de segundos. 
Atualmente, as fontes de coleta de informações são praticamente ilimitadas, assim como ininterruptas. Por qual razão então esses dados deveriam manter-se restritos a apenas uma área? Podemos ir além: por que não utilizar plataformas móveis para criar um processo de comunicação colaborativa, em que as informações de interesse da empresa são difundidas em tempo real e até mesmo de forma interativa? 
Para que tudo isso seja viável, porém, os investimentos em capacitação são fundamentais. Treinar e orientar profissionais quanto aos processos internos da companhia e ao uso de uma tecnologia dessa magnitude é tão relevante quanto a decisão da empresa em adotar uma plataforma de negócios como o Big Data. O caminho, neste caso, pode até parecer mais longo, mas os resultados valem o esforço. 
Marcos Pichatelli é gerente de produtos de High-Performance Analytics do SAS

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