O volume de cheques pré-datados transacionado durante o mês de janeiro registrou uma queda de 2,17% em relação a dezembro e de 0,89% em comparação ao mesmo período do ano passado. Os dados são da Telecheque, empresa de concessão de crédito no varejo, que constatou, em todo Brasil, uma movimentação de 69,94% de compras realizadas nesta modalidade de pagamento. No período também foi detectado um aumento significativo dos pagamentos efetuados à vista. Esta opção apresentou uma elevação de 5,44% em janeiro deste ano frente a igual período de 2006.
Seguindo tendência de queda, Alagoas foi o Estado que registrou o maior declínio de cheques pré-datados na comparação com janeiro de 2006, de 16,24%. Na seqüência, destacaram-se o Rio de Janeiro, onde o estudo verificou queda de 10,46% em igual comparativo, e o Amazonas, que apresentou uma redução de 7,36%, reforçando a lista das regiões que diminuíram as transações financeiras realizadas a prazo.
“Diante do alto endividamento dos consumidores nos últimos meses, a opção por pagamentos com prazos menores foi a alternativa para não se perder com as dívidas e cair novamente no descontrole financeiro”, explica José Antônio Praxedes Neto, vice-presidente da Telecheque.
No entanto, a opção pelo parcelamento ainda mostrou crescimento na maioria dos estados (tabela abaixo). Conforme o estudo, três estados lideraram o ranking daqueles que mais utilizaram cheques pré-datados como forma de pagamento. Em primeiro lugar ficou o Maranhão, com um total de 84,41% de transações parceladas. O uso de pré-datados no estado também apresentou elevação de 30,63% na comparação com janeiro do ano passado, a maior alta entre os 19 estados pesquisados pela Telecheque. Logo atrás, Pernambuco acumulou 82,38% de pagamentos parcelados e Minas Gerais registrou índice de 77,25%.
Por outro lado, oito estados apresentaram aumento das compras realizadas à vista comparando-se com janeiro de 2006. O indicador mais significativo neste cenário foi constatado no Rio de Janeiro, onde a opção de compra à vista por parte dos consumidores registrou alta de 34,24%, acompanhado pelo Pará e Amazonas, com elevações da ordem de 32,62% e 23,12%, respectivamente.