Estudo feito pela Sofist mostra que as perdas este ano causadas por problemas técnicos nos sites foi 103,12%, maior que em 2022
De acordo com a Sofist, que monitora o desempenho de e-commerces durante a Black Friday e a Cyber Monday, problemas de lentidão e instabilidade custaram R$ 98,3 milhões às lojas virtuais em 2023. Esse valor é mais que o dobro (103,12%) do que o observado em 2022, quando a perda foi de R$ 48,4 milhões, e o segundo maior dos últimos cinco anos. Percentual maior que esse se apenas em 2019, quando o estudo registrou R$ 132 milhões em perdas, em um cenário anterior à pandemia.
Realizado pelo sétimo ano consecutivo, o estudo contemplou o monitoramento de 104 lojas virtuais de 15 setores distintos, a partir das 22h de quinta-feira, 23 de novembro, até 23h59 de segunda-feira, 27 de novembro, período que engloba tanto a Black Friday quanto a Cyber Monday. Segundo o monitoramento, o total de 35 e-commerces permaneceu 20 horas e 46 minutos fora do ar ao longo de todo o período, impedindo que os consumidores realizassem suas compras.
“Além da Black Friday desapontar em tamanho de demanda, a expectativa era de crescer 12,6% e na verdade houve uma retração de cerca de 15%, é espantoso observar que os e-commerces, em geral, não conseguiram se planejar para suportar uma demanda que se mostrou menor que a de 2022”, analisou Grace Libanio, head de negócios da Sofist.
Para quantificar o prejuízo, a Sofist considerou que um site estava indisponível quando era impossível navegar pela loja. Qualquer um dos seguintes fatores poderia causar uma indisponibilidade: problemas técnicos, como páginas de erro, uso de páginas de espera, também conhecidas como “tampão” ou “contingência”, e demora excessiva (timeout), quando o site não termina de carregar mesmo após 45 segundos do acesso inicial. Segundo a empresa, durante a Black Friday 2023, a cada hora que um e-commerce fica fora do ar são perdidos R$ 4.734.193,52 em vendas.