Adriana Mota de Avó

Ele é quem manda

A regra é clara, como já dizia o outro. Empoderado e cada vez mais exigente, o cliente está no comando. E, em 2020, isso não deve mudar. Pelo contrário, deve ganhar ainda mais força, cabendo às empresas se adequarem o quanto antes. Isso passa não só por mais personalização e humanização das interações, segundo Adriana Mota de Avó, diretora de customer service da Mobly, mas também por uma mudança de mentalidade. Ou seja, “foco no que o novo consumidor engajado realmente precisa e não apenas foco em KPIs operacionais e de custos”, destaca. Ela reforça que a transparência deve ser sempre garantida e permitir que o cliente decida o que é melhor para ele deve ser premissa, “pois cada cliente é diferente e a melhor forma de viver é ele que escolhe”.

Sendo assim, a Mobly vai continuar a focar na jornada do cliente e a buscar garantir que toda a jornada seja boa. “Nosso propósito é levar vida a lugares e, para que isso aconteça com todos os clientes, é necessário atenção máxima em todos os canais e interações. Para isso é fundamental continuar investindo em algoritmos, experimentação, engajamento e autonomia.” Em entrevista exclusiva ao portal ClienteSA, a diretor .

ClienteSA – Onde é possível o mercado aprimorar em 2020 para entregar uma CX ainda melhor aos clientes?
Adriana: Garantir que todos os canais existentes da empresa falem a mesma língua e conduzam o cliente para a mesma experiência. E que essa experiência seja única e diferente em toda interação. A transparência deve ser sempre garantida e permitir que o cliente decida o que é melhor para ele deve ser premissa, pois cada cliente é diferente e a melhor forma de viver é ele que escolhe.

O que espera para o mercado de gestão de cliente e CX?
Mais personalização e humanização das interações, foco no que o novo consumidor engajado realmente precisa e não apenas foco em KPIs operacionais e de custos.

Quais devem ser as tendências no setor?
Considero três principais: automatização das interações; foco em saber a real satisfação dos clientes; e tecnologias mais humanas e eficientes.

Qual deve ser o grande desafio para as empresas nessa área de gestão de clientes?
Acredito que a superação das expectativas dos consumidores, a otimização da gestão do relacionamento, a melhoria da experiência e o aumento da satisfação do consumidor.

Quais são os planos da Mobly para 2020 em relação à gestão de clientes?
Continuaremos a focar na jornada do cliente e a buscar garantir que toda sua jornada seja incrível, desde o primeiro clique no site, até o recebimento de seu produto em casa. Nosso propósito é levar vida a lugares e, para que isso aconteça com todos os clientes, é necessário atenção máxima em todos os canais e interações. Para isso é fundamental continuar investindo em algoritmos, experimentação, engajamento e autonomia.

Em que ações vocês devem investir para melhorar a CX?
Algoritmos cada vez mais assertivos, novo sistema de CRM, assistentes de voz, canais de atendimento eletrônicos mais humanos e continuaremos a investir no nosso super time para que o acolhimento aos nossos clientes seja sempre incrível.

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Adriana Mota de Avó

Ele é quem manda!

Normalmente, as iniciativas das empresas com relação ao engajamento dos consumidores estão ligadas a iniciativas de marketing e oferta de produtos ou serviços. Mas, Daniella Cristina, gestora de RH da Pizza Hut SP, declara que o princípio da relação com a marca é sustentada pela qualidade do atendimento, o que faz com que a iniciativa para alcançar o engajamento do consumidor seja o treinamento dos colaboradores. “Na Pizza Hut todo o direcionamento do treinamento é estruturado nas expectativas dos clientes e nas informações que eles dão a respeito destas e de suas experiências com a marca”, afirma. Ela conta que o treinamento é aplicado baseado no retorno dado pelos clientes, proporcionando assim, uma oferta de produtos e serviços adequados às vontades dos consumidores. “Nesse modelo, o cliente é praticamente um direcionador do negócio”, diz. 
Para alcançar o engajamento do consumidor, Daniella acrescenta que é preciso a conscientização da importância desse tema por parte de todos os colaboradores, procurar alinhar pensamento e atitudes de todos com as necessidades dos clientes. “As empresas, em muitos casos acabam se esquecendo do que parece ser um jargão, que é o fato do cliente ser o ´motivo do negócio´. Esquecem-se disso por não associarem o lucro aos clientes. Para nós, a participação do cliente nas decisões da empresa, gera economia de tempo, de recursos financeiros e dá ao negócio uma dinâmica diferente”, declara.
Na visão de Daniella, a relação entre os clientes e a empresa precisa envolver confiança e isso só pode ser conquistada se houver respeito e cumplicidade. A participação das empresas na vida dos clientes é imprescindível para contribuir com a satisfação dele nos momentos em que interage com a marca, a fim de alcançar o engajamento desse consumidor. “De forma consistente e diferenciada, construímos esta relação e proporcionamos não só oportunidade, mas desejo, nos clientes, de participarem de forma diferente da relação com a empresa. A empresa precisa estar preparada para trabalhar com as informações de maneira estruturada e profissional. E precisa estar pronta, culturalmente, para permitir que os clientes participem do negócio”, afirma.
A gestora conta que, ao visitarem os restaurantes da Pizza Hut, os clientes buscam não só os produtos oferecidos, como também a experiência que a marca oferece por meio do ambiente, da hospitalidade, da comunicação e da relação entre as partes. “A principal forma de contribuição para este processo é o canal aberto com o cliente e a oferta de acessibilidade aos canais de contato com a marca. Os clientes da Pizza Hut gostam de falar que são clientes e se dispõem, o tempo todo, a dar feedbacks, contribuições e a participar das iniciativas de marketing da empresa”, afirma.
O cliente participa do negócio, inicialmente, por meio dos canais de captação de informações diárias, segundo explica Daniella. “As opiniões e experiências dos clientes são coletadas, diariamente, com as seguintes ferramentas: Pesquisa nos pontos de venda; Contatos pelo SAC (via telefone e internet), Monitoramento de redes sociais (feito por agência especializada); contatos com gerentes e funcionários (organizados e tratados pelo marketing da empresa como informação); ocorrências nos restaurantes e Programa de Cliente Misterioso, em que duas vezes ao mês, clientes misteriosos visitam nossos restaurantes e medem nossa qualidade de serviço”, conta. Ela acrescenta que, atualmente, boa parte dos serviços e produtos oferecidos são frutos de opiniões, experiências, necessidades e expectativas dos clientes da marca. “A melhor forma de garantir a satisfação de um cliente e, consequentemente, garantir o sucesso de qualquer negócio é fazer o que ele quer ou espera”, conclui Daniella.

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