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Lucas Brossi, sócio da Bain e head da prática de advanced analytics da consultoria na América do Sul

Mais de 70% dos executivos brasileiros buscam aumentar produtividade com IA

Pesquisa da Bain & Company compara respostas de executivos do Brasil e dos Estados Unidos e identifica níveis de adoção e expectativas diferentes para a tecnologia

Levantamento da Bain & Company sobre a adoção da IA generativa nas companhias brasileiras revela que a maior parte dos executivos (72%) considera a tecnologia como uma das prioridades de investimento para 2024. Essa fatia salta para 92% nos Estados Unidos, onde 53% das empresas posicionam a IA como uma de suas Top 3 prioridades. No Brasil, esse mesmo direcionamento ocorre em somente 19% das organizações.

Em relação às expectativas sobre os resultados da implementação da IA, tanto os respondentes do Brasil quanto dos Estados Unidos esperam um aumento de produtividade como fator principal. Em segundo lugar, aparece a melhoria na experiência dos clientes (69%)  para os brasileiros, enquanto os americanos consideram que a IA generativa vai ampliar a receita das companhias (67%). 

Apesar do hype e de muitos profissionais experimentarem a tecnologia, a pesquisa indica que passar para o próximo nível, com a criação de pilotos e o escalonamento de uso, é bem mais complexo. No Brasil, 58% dos entrevistados consideram que ainda estão em um momento exploratório e somente 9% se consideram líderes, com uma ou mais aplicações em uso disseminado na empresa. 

Entre as barreiras para ampliar a aplicação da IA generativa, os brasileiros ressaltam como principal razão a falta de talentos e recursos, ao passo que os norte-americanos se preocupam com a segurança e privacidade de dados. 

Entendimento dos casos de uso

Por outro lado, algumas preocupações impedem que as empresas acelerem ainda mais a implementação da IA em seu dia a dia. O desafio mais citado é a falta de entendimento dos casos de uso, seguido por questões relacionadas à privacidade de dados e falta de talentos no setor. Os brasileiros também se preocupam com a integração da IA com a estrutura tecnológica já existente e ainda têm dúvidas quanto ao seu retorno sobre o investimento.

Segundo Lucas Brossi, sócio da Bain e head da prática de advanced analytics da consultoria na América do Sul, “a pesquisa reflete que o Brasil ainda tem um longo caminho a percorrer para alcançar a maturidade que vemos em mercados como os Estados Unidos”. Outro estudo da Bain reforça isso – o levantamento State of Data = mostrando que 62,5% dos profissionais de dados no Brasil afirmam utilizar IA em suas empresas, porém 67% deles usam soluções gratuitas, enquanto apenas 7% dos respondentes afirmam recorrer a ferramentas pagas fornecidas pela empresa. “A IA generativa é uma alavanca para produtividade e lucratividade. As companhias precisam agora priorizar usos mais simples para dar os primeiros passos na tecnologia e depois evoluir, aproveitando todos os benefícios dessa inovação”, comentou Brossi.

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