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Luciano Kleiman, CEO da B4waste

No lugar de desperdício de alimentos, clientes atendidos e satisfeitos

CEO da B4waste expõe os detalhes da proposta que permite às redes varejistas comercializarem produtos com prazos próximos da validade

Se, por um lado, o Brasil ostenta o prestígio de se posicionar entre os maiores produtores de alimentos do mundo, por outro, frequenta, também, o indesejável ranking dos 10 países que mais desperdiçam comida. Em tal contexto, não demorariam a surgir negócios que se propõem a oferecer saídas para todos envolvidos no problema – empresas, clientes e meio ambiente. É o caso da B4waste, startup que, desde o início de 2020, construiu um ecossistema unindo redes varejistas, que entendem a proposta de transformar descartes alimentares em receitas livres de riscos, e consumidores dispostos a adquirir produtos próximos ao nível máximo de maturação ou de prazo de validade com, no mínimo, 50% de desconto. Detalhando de que forma a empresa vem conquistando clientes e ajudando a criar essa cultura de aproveitamento dos alimentos com múltiplas vantagens dentro da sociedade, Luciano Kleiman, CEO da B4waste, foi o convidado de hoje (21), da 606ª live da Série Lives – Entrevista ClienteSA.

Fazendo questão de lembrar, de início, o quanto todo negócio que traz benefício financeiro aos proprietários ou acionistas, gerando valor e criando empregos já é, por si só, positivo, Luciano afirmou que, no caso do ecossistema de impacto, é algo que vai além disso, pois trata-se da oferta de soluções criativas, muitas delas complementares entre si, com inovação e disrupção de modelos. No que se refere às alternativas em relação ao desperdício de alimentos, salientou sua abrangência por ter muitas etapas envolvidas desde a produção até o momento em que chega à casa do consumidor – o chamado farm-to-table. “Nesse sentido, temos hoje, no Brasil, uma geração de empreendedores corajosos e resilientes, dispostos a enfrentar com determinação os desafios e apresentar os benefícios à sociedade. No nosso caso, temos orgulho de poder afirmar que proporcionamos valor a quem compra e a quem vende, repercutindo de forma positiva não só no País, mas em reflexos para todo o planeta.”

Segundo ele, a ideia da B4waste surgiu pouco antes da pandemia, por volta de outubro de 2019, iniciando-se a construção da plataforma, os conceitos e os testes. A curva de aprendizado foi significativa, conforme explicou, não só em função de se tratar da primeira iniciativa de combate inteligente ao desperdício de alimentos de forma escalável, com longo alcance, mas também em função de aspectos tecnológicos específicos a serem tratados. Depois de descrever sua trajetória como executivo em vários segmentos, incluindo supermercado, Luciano contou um pouco do esforço que é pavimentar um caminho ainda praticamente inexplorado. Ainda nessa linha, indagado sobre os avanços desse tipo de empreendimento fora do país, o executivo mencionou iniciativas já consolidadas e que trocam conhecimento com a startup brasileira, como a sueca Matsmart e o ecossistema dinamarquês To Good to Go, mas que, explicou ele, tem peculiaridades que diferem da proposta brasileira da B4waste.

Aprofundando esse conceito diferenciado, Luciano contou que a grande dor que a empresa procura resolver e que, portanto, aponta para o cliente da organização, é a do seller do ecossistema – o supermercado. “O varejo alimentar, de modo geral, é um segmento conservador e que só se abriu mais para as soluções digitais em seus negócios a partir da aceleração trazida pelas circunstâncias da pandemia. O nosso negócio não é oferecer uma solução de prateleira, mas algo que demanda explicações, criação de uma cultura. Depois de superada essa entrada, então, surge o motivo de nosso significativo crescimento que é quando se percebe que oferecemos a possibilidade de transformar lixo em receita, sem custos, nem riscos. Assim, resolvemos uma situação hedionda que é das inúmeras caçambas com alimentos próximos da maturação ou vencimento jogados fora, embora estejam ainda em totais condições de consumo. Sendo necessário se observar os efeitos socioambientais desse problema, lembrando que o desperdício de alimentos, sozinho, responde por 11% dos gases danosos presentes na natureza.”

Nessa linha, o executivo afirma que a percepção das vantagens para os negócios encontra eco nas marcas mais propensas às inovações que proporcionam ações voltadas às questões socioambientais. Citou as parcerias de sucesso, nesse propósito, como a supermercados Dia, o hortifruti Natural da Terra, a rede Lopes, Mundo Verde entre outros grupos que entenderam o misto de proposta comercial e de inovação com propósito da B4waste. De acordo com o fundador da startup, os produtos são expostos com muita transparência, não deixando dúvidas sobre o prazo de validade, em um modelo de negócio em que, ao gerar vantagens para comerciantes, consumidores e sociedade, logo passa a ser entendido e apoiado.

Atualmente, já são mais de 130 lojas em operação nessa proposta e, na concepção de Luciano, a mensagem vai sendo espalhada de uma forma que, organicamente, tornam o negócio sustentável, dispensando altos investimentos em comunicação. Ele assegura que, uma vez iniciado esse tipo de consumo pelas pessoas, se torna um hábito, o que permite à empresa ter perspectivas de um alcance nacional e que até ultrapasse as fronteiras do país nos próximos anos. Ao longo da live, o CEO ainda discorreu sobre uma pesquisa que aponta serem desperdiçados 41% dos alimentos entre a distribuição e a entrega nas residências, dentro da qual, os descartes desnecessários ainda continuam. Ou seja, há todo um elemento educacional nesse processo, pontuou ele, explicitando os esforços de geração de conteúdo e informacional, mesmo porque, a outra parte que se perde é da produção ao varejo – no transporte e no manuseio.

O vídeo, na íntegra, está disponível em nosso canal no Youtube, o ClienteSA Play, junto com as outras 605 lives realizadas desde março de 2020. Aproveite para também se inscrever. A Série Lives – Entrevista ClienteSA prosseguirá amanhã (22) com a presença de Alexandre Blasi, diretor de rede e expansão da Ademicon, que abordará o crescimento apoiado no modelo de lojas licenciadas; na quarta, será a vez de Vivian Bennett, diretora de marketing e relacionamento com o cliente da Care Plus; na quinta, o tema “Cultura cliente: O papel da liderança na visão customer centric” será debatido por Aline Haeckel, general manager da Eshopper, Augusto Lins, presidente da Stone, Fernanda Hoe, diretora geral da Elanco no Brasil, Marcel Kitamura, CEO da BB Consórcios, Tatiana Mattos, head Brasil para a BlaBlaCar e  Tereza Santos, CEO da Sympla; e, encerrando a semana, o Sextou trará Kleber Leal, diretor de franquias do Grupo Ri Happy, com foco na importância estratégica do físico para encantar.

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